Reese Witherspoon, Eva Longoria Baston e P!nk foram alguns dos famosos que condenaram o projeto conhecido como "lei do batimento cardíaco".
O texto proíbe a interrupção da gestação a partir do momento em que o batimento cardíaco do embrião pode ser detetado, o que geralmente ocorre na sexta semana, quando muitas mulheres ainda nem sabem que estão grávidas.
"É muito simples. Devemos ter o direito de decidir sobre nossa saúde e futuro", escreveu no Twitter a estrela de "Desperate Housewives" Eva Longoria Baston.
“Mas com a extrema proibição do aborto [no Texas] e outros estados aprovando um número recorde de restrições ao aborto este ano, temos que lutar pela liberdade reprodutiva de cada uma”, acrescentou.
A atriz e produtora Reese Witherspoon disse: "Estou com as mulheres do Texas que têm o direito constitucional de tomar decisões sobre a sua saúde e os seus próprios corpos."
A cantora P!nk também se manifestou contra a norma. “Expresso a minha solidariedade com as pessoas [no Texas] que, a partir de agora, enfrentam uma proibição extrema do aborto a partir das seis semanas”, afirmou.
"Esta proibição (...) servirá de modelo para outras proibições nos Estados Unidos, a menos que façamos algo a respeito", continuou.
O grito das celebridades aumenta a onda de reações desencadeadas depois de o Supremo Tribunal dos Estados Unidos se recusar a bloquear a lei que não concede exceções para casos de violação ou incesto. A única opção contemplada é quando a saúde da mulher está em perigo.
"A decisão do Supremo Tribunal é um ataque sem precedentes aos direitos constitucionais das mulheres desde Roe contra Wade, que tem sido o marco legal há quase 50 anos", disse o presidente Joe Biden em comunicado.
A decisão do caso Roe contra Wade (1973) garantiu o direito ao aborto nos Estados Unidos enquanto o feto não é viável fora do útero, ou seja, entre as semanas 22 e 24 da gestação.
A lei aprovada no Texas, um estado dominado pelo Partido Republicano, é particularmente polémica porque permite que as pessoas processem médicos que realizarem abortos, com penalidades financeiras de até 10 mil dólares para cada procedimento feito.
Leis similares foram aprovadas em uma dúzia de estados liderados pelos conservadores republicanos.
A nomeação de três juízes para o Supremo Tribunal pelo ex-presidente Donald Trump deu poder àqueles que procuram uma oportunidade para reverter uma lei que consideram contrária à vontade de Deus, especialmente os evangélicos.
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