Conheceram-se e apaixonaram-se durante as gravações da telenovela australiana «Neighbours», rebatizada «Vizinhos» quando a RTP a retransmitiu em Portugal no final da década de 1980. Depois de gravarem «Especially for you» em dueto em 1988, Kylie Minogue e Jason Donovan viram a sua popularidade global aumentar a olhos vistos. Ela, que já fazia carreira como cantora, consolidou o seu estatuto de diva da pop.
Um estatuto que mantém até hoje. O próximo disco, o seu décimo-quarto álbum de estúdio, é lançado em 2018, antecedendo uma digressão e um regresso ao cinema. Ele trocou a carreira de ator pela de cantor, ainda teve uma meia-dúzia de êxitos mas, depois de residir um período em Londres, em Inglaterra, regressou à Austrália. Em 2005, admitiu publicamente ser viciado em cocaína, chegando a consumir dois gramas por dia.
Em 2007 e em 2009, voltou à música e às telenovelas mas a imagem com que se apresentava aos 40 anos já pouco tinha a ver com a dos seus tempos áureos de sedutor do início da década de 1990 e o êxito não voltaria a ser o que era. Em 1998, apaixonou-se por Angela Malloch, uma antiga gerente de palcos, com quem casou em Bali, na Indonésia, em 2008. Tem três filhos, um rapaz e duas raparigas.
Kylie Minogue, por seu lado, nunca casou e foi sempre adiando o sonho de ser mãe. «Tenho três sobrinhos, por quem sou louca», admitiu publicamente a cantora de 49 anos em dezembro do ano passado. Na altura em que estava a pensar engravidar, em 2005, com 36 anos, descobriu que tinha cancro da mama. Até hoje, a intérprete de «Slow» e «The Loco-Motion», que continua a exibir uma imagem sexy, já vendeu 80 milhões de discos.
Pouco depois de atingir o primeiro lugar nos tops, a dupla de namorados desfez-se. Kylie Minogue trocou Jason Donovan por Michael Hutchence, vocalista da banda australiana INXS. «Foi muito difícil para mim. Demorei muito tempo a recompor-me», admitiu o cantor em janeiro de 2016, quatro anos depois de se terem voltado a encontrar, para interpretar o tema juntos num concerto, pela primeira vez desde 1989, em julho de 2012.
Texto: Luis Batista Gonçalves
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