No dia em que arrancam as cerimónias fúnebres de Jorge Costa depois da sua morte inesperada, aos 53 anos, Pedro Ribeiro juntou-se às muitas pessoas que se manifestaram nas redes sociais sobre esta partida repentina.

"Houve um tempo em que os jogadores de futebol tinham a mesma idade que eu. Ontem pensei nisso, quando veio a notícia da morte do lendário Jorge Costa. 1971-2025. Caramba, 1971, temos, tínhamos, a mesma idade. É muito cedo para a notícia de que o Jorge Costa morreu. 53 anos, ia fazer 54 em outubro", começou por refletir Pedro Ribeiro.

"Acho que a comoção, tristeza e genuíno respeito de toda a gente pelo Bicho [como era carinhosamente tratado], gente de todos os clubes, mostra o gigante que foi este defesa central, este líder, este capitão como todos os capitães de equipa deviam ser", acrescentou.

"Hoje a sua cidade, o Porto, amanheceu triste, de coração pesado. Mas o céu estará azul e branco, quando, logo, o Estádio do Dragão abrir as suas portas a todos aqueles que pretendam prestar homenagem a este singular capitão do FC Porto", escreveu depois, referindo-se ao último adeus ao ex-futebolista.

As cerimónias públicas de despedida ao antigo internacional português irão começar pelas 15h00 desta quarta-feira, 6 de agosto, no Estádio do Dragão. As portas do recinto estarão abertas para que sócios, adeptos e público em geral possam prestar a devida homenagem, encerrando pelas 22h00.

"Eu não sou portista e terei falado com o Jorge Costa duas ou três vezes na vida. Mas se não estivesse tão longe iria lá hoje, ao Dragão. Sinto aquele impulso de prestar homenagem a alguém que foi mesmo especial, grande, imenso. Deixo um abraço a todos os portistas. O Bicho benzia-se sempre ao entrar em campo. Quem tem fé olha para a hora da despedida como quem vai agora atravessar uma passagem, para a outra margem. A sua liderança, emanava da mera presença em campo. Impunha respeito só com o olhar. E um grito seu era um trovão que unia a equipa. Uma torre de vigia, sempre alerta", disse Pedro Ribeiro na mesma publicação.

"Hoje toquei de manhã a música Ribeira, dos Jafumega, que fala do amanhecer no Porto e de passar para uma outra margem. Boa viagem para essa outro lado, Jorge Costa. Lá nos campos da bola que encontrares, os avançados estão feitos: é que, contigo em campo, avançado já sabia que se ficar o bicho pega, de se correr o bicho come. Até sempre Jorge Costa, o centralão", pode ler-se, por fim, na partilha do diretor da rádio Comercial.

Jorge Costa morreu na terça-feira, dia 5 de agosto, depois de ter sofrido uma paragem cardiorrespiratória enquanto estava no centro de treinos dos dragões. Ainda foi transportado de emergência para o Hospital de São João, no Porto, onde acabou por ser declarado o óbito.

Segundo confirmou fonte do Hospital de São João, o ex-futebolista do FC Porto "entrou em paragem cardiorrespiratória na sala de emergência e verificou-se o óbito".