Betty Grafstein já reagiu à acusação do Ministério Público a José Castelo Branco. O advogado da designer de joias, Alexandre Guerreiro, disse, em declarações à CMTV, que a sua cliente está "mais descansada, não só com a dedução da acusação, como também com o facto de ver-se rejeitado pelo Tribunal da Relação de Lisboa o recurso apresentado pelo agressor relativamente à possibilidade de redução das medidas de coação".

Depois de afirmar que "a justiça tem sido célere e expedita na situação", o advogado revelou ainda que, no primeiro encontro com Betty Grafstein, a primeira coisa que a cliente lhe disse foi: "Eu só espero que o senhor me consiga ajudar".

"Eu acho que isto diz tudo", afirmou Alexandre Guerreiro ao mesmo meio, acrescentando que a designer de joias foi vítima de "agressões físicas e psicológicas desde o início do casamento".

Nas mesmas declarações, o advogado acusou ainda o arguido de "atacar" a sua cliente "atirando-lhe laca para os olhos".

De relembrar que Betty Grafstein deu entrada no Hospital CUF Cascais no dia 20 de abril. Foi na unidade hospitalar que a designer de joias disse que tinha sido vítima de agressão por parte do companheiro, e de forma continuada.

Em maio, após ser detido pela GNR, por decisão do Tribunal de Sintra, José Castelo Branco ficou impedido de contactar a vítima e de permanecer no hospital onde, à data, se encontrava a mulher internada.

Ficou igualmente proibido de permanecer na residência que Betty Grafstein viesse a ocupar quando tivesse alta hospitalar.

O arguido não se pode aproximar da mulher, a menos de um quilómetro, estando sujeito a meios técnicos de controlo à distância (pulseira eletrónica), segundo o despacho do juiz de instrução criminal.

José Castelo Branco negou qualquer agressão e disse que as denúncias de violência doméstica contra a mulher, com quem está casado há quase 30 anos, "são ridículas".