A 15 de setembro de 2019, a arte em Portugal ficou de luto com a morte de Roberto Leal (após uma batalha contra um cancro), o artista que ao longo dos seus 55 anos de carreira não se cansou de divulgar o amor, a saudade e o orgulho que tinha do seu país.

Já em 'terras de Vera Cruz', para onde foi em 1962, lutou para conseguir uma carreira na música e um golpe de sorte - ou "milagre" - fez com que cantasse o sucesso 'Arrebita' na Globo, durante 10 minutos, para mais de 55 milhões de brasileiros.

Estivemos à conversa com Rodrigo Leal, filho e produtor de Roberto ao longo de 15 anos (e, de certa maneira, durante toda a sua vida), que apresenta um projeto iniciado pelo pai ainda em vida: 'Refazendo História Vol. II'.

No Brasil dos anos 1970 e 1980 não tínhamos o cavaquinho, a percussão portuguesa (...). Dentro disso, aconteceu a originalidade da sonoridade do meu pai - tocar músicas tradicionais portuguesas, mas com sonoridade elétrica

Como é que surgiu a ideia de terminar aquilo que foi iniciado pelo seu pai, Roberto Leal?

É uma coisa antiga. Gravámos o Vol. I em 1996, quando voltámos para Portugal no princípio dos anos 1990. [Foi aí que ] o meu pai teve contacto com aquilo que era a real música tradicional. No Brasil dos anos 1970 e 1980 não tínhamos o cavaquinho, a percussão portuguesa, a viola campaniça, todos os instrumentos que compunham a música tradicional. Dentro disso, aconteceu a originalidade da sonoridade do meu pai - ele tocar músicas tradicionais portuguesas, mas com uma sonoridade elétrica. Na altura, não era feito.

Quando voltamos para Portugal e tivemos contacto com esses instrumentos, um dia ele brincou e disse: "Meu filho, preciso de refazer a minha carreira. Quero regravar tudo o que fiz, mas com essa sonoridade tradicional".

Disse-lhe para fazer uma lista com algumas músicas para o disco. E o meu pai, super prático, fez uma listinha de 50 músicas [risos]. Eu disse que 50 músicas dava para fazer três discos no mínimo. Ele brincou e respondeu: "Mas então o que seja, fazemos o Vol. I, o Vol. II e o Vol. III".

O Vol. I, que regravamos em 1996 e já em Portugal, conta com sucessos como 'Arrebita', 'As Pernas da Carolina', 'Chora Carolina' ou o 'Bate o Pé'. Restaram duas listas enormes guardadas para uma outra oportunidade. Esse disco é muito especial, porque foi ele que fez a seleção das músicas. Foi uma encomenda dele, aquilo que ele sentiu que deveria ser revisitado dentro do seu repertório.

A seleção do repertório, que é aquilo que é mais importante quando se elabora um disco, foi tudo tirado da cabecinha dele

© Facebook / Roberto Leal

E a partir daí como é que se organizou?

Sem o pai aqui, eu consegui extrair as vozes das gravações originais, extrair só a voz dele. Neste disco tenho músicas desde 1973 até 1994. Selecionei essas primeiras 15 músicas que fazem parte do Vol. II e regravei o disco inteiro, como se fosse um álbum de originais, desde origem. Tenho a intenção de mais para a frente também fazer o Vol. III, porque tenho repertório já selecionado.

A beleza do projeto está aí: eu não tirei da minha cabeça aquilo que deveria ser feito. Como produtor e músico, sabia o que tinha de fazer, mas a seleção do repertório, que é aquilo que é mais importante quando se elabora um disco, foi tudo tirado da cabecinha dele.

A minha irmã, por exemplo, nos primeiros três anos após o meu pai falecer não conseguia encarar uma fotografia dele, nem sequer ouvir uma música

É fácil ouvir novamente a voz do seu pai? Acredito que a nível emocional seja um desafio.

Esse é o grande desafio: cantar as músicas com ele [nos concertos de tributo que tem feito nas comunidades portuguesas]. Cada um tem a sua maneira de matar a saudade. A minha irmã, por exemplo, nos primeiros três anos após o meu pai falecer não conseguia encarar uma fotografia dele, nem sequer ouvir uma música.

Eu fiz ao contrário. Precisei de fazer uma imersão na carreira do meu pai, até por ser o filho mais velho que trabalhou com ele a vida inteira. Sempre estive com ele nos palcos, fui produtor dele nos últimos 30 anos, entrei de cabeça dentro da vida artística dele.

Este projeto é muito isso, é a saudade de um filho e foi a forma que eu encontrei de colmatar essa falta, essa saudade que eu tenho dele.

Eu até brinco e digo que não tive o meu pai em casa, eu tive o Roberto Leal

Tendo passado os últimos 30 anos a trabalhar ao lado do seu pai, acredito que sejam muitas as memórias que guarda dele.

Eu até brinco e digo que não tive o meu pai em casa, eu tive o Roberto Leal. Se eu não tivesse tocado com ele, teríamos passado muito menos tempo juntos. Não tivemos fins de semana de pai e filho, mas sim de artista e músico.

As lembranças da minha vida inteira passam pela estrada, pelas viagens, pelos discos… As histórias são imensas porque foram muitos anos. Comecei a tocar com o meu pai quando tinha 14 anos, larguei a escola e a minha mãe quase que me matou.

A música era algo que queria mesmo seguir.

Sempre! Tirei a carteira profissional de músico aos 12 anos. A minha mãe colocou-me na escola da música aos cinco e, desde pequeno, comecei a tocar com o meu pai, a gravar discos com ele. Profissionalmente - vamos dizer assim - foi quando abandonei tudo o resto aos 14 anos. O primeiro disco que produzi sozinho, sem a ajuda do meu pai, foi com 17 anos em 1992.

A minha mãe ficou louca, mas os Hot Stuff correram bem, recebemos logo um disco de ouro. [Na altura] cheguei a casa todo revoltado, de cabelo comprido e disse: "Está aqui a escola!"

Então, o pai achou piada à escolha, mas a mãe nem tanto…

Não, eu quase que acabei com o casamento deles! A minha mãe é advogada, uma pessoa formada. Não sei se sabe, mas todas as músicas do meu pai são dele e da minha mãe: Roberto Leal e Márcia Lúcia. A carreira inteira! São quase 500 obras feitas entre os dois.

A minha mãe, logicamente, entendia o que era a vida musical. Para ela eu poderia conciliar as duas coisas, mas não deu. A música tomou conta da minha vida desde sempre.

Quando cheguei a Portugal criei logo uma banda que eram os Hot Stuff e lancei o meu primeiro disco em 1993. Parei de estudar, não terminei nem o 8.º ano. A minha mãe ficou louca, mas os Hot Stuff correram bem, recebemos logo um disco de ouro. [Na altura], cheguei a casa todo revoltado, de cabelo comprido e disse: "Está aqui a escola!" [risos]

Siga o link

A minha mãe dizia ao meu pai: "Se este miúdo não for alguém na vida a culpa é sua. Está a apoiar esta loucura". E o meu pai, sempre carinhoso, disse que tinha um caminho longo para provar para mim mesmo que era possível e depois para acalmar a mãe.

Quando a minha mãe viu que era inevitável aquele caminho, que além de tudo eu estava muito feliz, estava muito completo, que me tinha encontrado de verdade, virou a minha maior fã até hoje, mas foi um período difícil. A preocupação dela era que eu me perdesse pelo meio do caminho, mas graças a Deus, nesses últimos quase 40 anos, eu vivo para a música e da música. Deu tudo certo.

Eu sou o brasileiro mais fajuto que existe

O Roberto Leal sempre fez questão de evidenciar o amor que sentia por Portugal. No caso do Rodrigo, sente-se mais brasileiro, português ou os dois?

Eu sou o brasileiro mais fajuto que existe! [risos] Estou muito integrado, as minhas filhas são portuguesas. Fui para Portugal numa idade em que me formei como ser humano e profissional. O Brasil foi onde nasci, mas tudo o resto foi conquistado e construído em Portugal.

Tenho dupla nacionalidade desde que nasci e isto não é conversa de emigrante. Agora estou no Brasil para me organizar em termos de contratos por causa da logística da carreira do meu pai, mas a minha vida toda está em Portugal.

Inclusive a sua carreira.

Sim, estou há mais de 20 anos a trabalhar como diretor artístico e produtor na TVI e na CNN. Comecei a carreira fazendo coisas para a televisão e com as minhas bandas também, desde a época do 'Muita Lôco'. Fui diretor artístico da Som Livre, de 2001 a 2007, antes de fechar.

A primeira palavra que eu disse não foi nem 'papai', nem 'mamãe', foi Portugal

Muitos emigrantes têm essa dualidade, acabam por se sentir divididos entre dois países, daí a minha questão. Mas percebo que o seu pai lhe transmitiu desde cedo o amor por Portugal.

A primeira palavra que eu disse não foi nem 'papai', nem 'mamãe', foi 'Portugal'. O meu pai tinha um compromisso com ele próprio de divulgar a cultura portuguesa, de falar em Portugal e isso tudo veio da saudade.

Estudei a história do meu pai e emocionei-me muito quando fui a Trás-os-Montes, à pequenina aldeia dele: o Vale da Porca. Com a situação precária com que saiu de Portugal, acho que ele, como emigrante que foi, soube cantar a saudade que ele mesmo sentia.

Sem sombra de dúvida foi o representante máximo de Portugal no Brasil durante toda a sua vida. As pessoas olhavam para o Roberto Leal e falavam de Portugal

Portugal estava, de facto, no coração do seu pai...

O meu pai sempre tinha uma palavra, era um homem cheio de fé, era rei e senhor das palavras, comunicava como ninguém. O grande sucesso do Roberto Leal foi traduzir de uma forma perfeita aquilo que era viver fora do país. A coisa mais difícil é conseguir-se uma identidade e o Roberto Leal conseguiu essa identidade. Sem sombra de dúvida foi o representante máximo de Portugal no Brasil durante toda a sua vida. As pessoas olhavam para o Roberto Leal e falavam de Portugal.

Foram quase 30 milhões de discos, sendo que a maioria chegou ao coração do brasileiro e ele se tornou num artista local. Isso foi o mais bonito da carreira dele. Nunca foi visto como estrangeiro no Brasil. Fez muitos amigos no meio artístico no Brasil, esteve completamente integrado aqui durante a carreira inteira.

Antes de partir, muito esclarecido, olhou para mim e disse: "Meu filho, eu estou preparado para essa viagem. Se Deus me chamar agora, é porque era a hora"

Sendo o Roberto sempre esta pessoa muito alegre e cheia de vida, como é que ele estava nos últimos meses de vida? Estava animado? Tinha sempre aquela força, aquela fé?

Essa é a parte do legado mais bonita que eu tive. A família queria criar um ambiente maravilhoso para ele, sabendo da doença que tinha, mas caíamos muitas vezes. Era ele quem nos dava força.

Foi a pessoa mais transparente que eu conheci, sempre com este sentido de consciência. Antes de partir, muito esclarecido, olhou para mim e disse: "Meu filho, eu estou preparado para essa viagem. Se Deus me chamar agora, é porque era a hora". Então ele foi em paz, o que me conforta o coração, porque tenho a certeza absoluta que ele foi com o sentimento de missão cumprida. Foi um homem que viveu intensamente a vida, a todos os níveis e em todos os campos.

Como eu disse anteriormente, durante a vida toda eu não tive o António Joaquim Fernandes em casa, eu tive o Roberto Leal. Ele era a carreira. O meu pai faleceu num final de semana e, na quinta-feira antes, estava na televisão brasileira dançando e cantando feliz, vendendo para as pessoas felicidade.

O meu pai, por vezes, foi muito gozado em Portugal quando se vestia de branco e aquilo não tinha nada a ver com a religião A, B ou C, mas sim com o estado de espírito dele

Acredito que sendo o Roberto uma pessoa tão transparente e tão genuína teve de lidar com pessoas que não tinham boas intenções. Era difícil, enquanto filho, ver que as pessoas podiam aproveitar-se ou gozar com ele? Como é que o Roberto geria isto e o próprio Rodrigo?

O meu pai, por vezes, foi muito gozado em Portugal quando se vestia de branco e aquilo não tinha nada a ver com a religião A, B ou C, mas sim com o estado de espírito dele.

Tive um excelente professor, porque eu, ao contrário do meu pai, tinha o sangue mais quente. Ficava triste ou magoado quando via as pessoas zombando daquilo que era uma verdade. O meu pai era um homem do povo, era daquele jeito. Ele não era uma pessoa em casa de um jeito e depois subia no palco e virava um santinho. Não.

Havia outra coisa que me deixava muito triste…

Um dos últimos pedidos que o meu pai me fez foi uma coisa de muita humildade e muita consciência

O quê?

Quando as pessoas não o viam como português. Havia muita gente que falava: "Ah, o brasileiro Roberto Leal" e ele falava, "brasileiro não, transmontano de gema!" Ele sempre foi um português brasileiro, mas nunca na vida negou ou teve vergonha da sua nacionalidade, pelo contrário, colocou Vale da Porca - que é um nome até estranho - no mapa, de tanto falar na pequena aldeia onde ele nasceu. Era muito autêntico.

Enquanto produtor digo que a coisa que mais se procura num artista é a verdade, até se pode enganar as pessoas durante um ou dois anos, agora durante 55 anos de carreira, não se consegue, a máscara cai.

Um dos últimos pedidos que o meu pai me fez foi uma coisa de muita humildade e muita consciência. Ele disse: "Filho, quando eu não estiver mais aqui, o grande trabalho que eu fiz não foi só divulgar a minha música, foi divulgar Portugal. A música do Roberto Leal já é conhecida. Agora, que você, meu filho, continue ajudando a trazer Portugal ao Brasil e ao mundo, que foi aquilo que o pai sempre fez".

Pode-se não gostar, pode não se identificar com a obra artística dele, mas é um dos artistas mais autênticos do mundo para mim, porque ele não desviou uma vírgula daquilo que ele acreditava. Fazer carreira no Brasil não é fácil, o Brasil tem milhares de artistas das mais diversas áreas, é um país que é um continente e o meu pai foi um homem que viajou o Brasil inteiro.

Muita gente dizia: "Que música foleira, que música brega... Como é ele conseguiu?" E a Alcione, uma grande amiga do meu pai, dizia uma coisa muito interessante: "Pois é, Brasil e Portugal não são países irmãos? São. O Roberto Leal foi aquele irmão português que conviveu com a gente. Foi aquele artista que ficou no Brasil".

O protótipo do português, no final da década de 1960, era aquele moreno baixinho, bigodudo, atrás do balcão da padaria

Os brasileiros receberam-no muito bem mesmo sabendo que era um artista que queria apresentar a música tradicional do seu país.

O Brasil antes do Roberto Leal era resumido a Amália Rodrigues. Um pouco do Francisco José, um pouco do nosso querido Carlos do Carmo. O protótipo do português, no final da década de 1960, era aquele moreno baixinho, bigodudo, atrás do balcão da padaria.

De repente aparece um homem com cabelo comprido, loiro, de olho claro, com umas botas de plataforma que nem sei como é que dançava com aquilo, calças às boca de sino… Ele foi um 'alien'! Quem o lançou no Brasil foi um dos mestres da televisão brasileira, o Chacrinha.

O meu pai contava que uma vez a Amália Rodrigues lhe disse que ele tinha sido a vingança dos portugueses no Brasil. Ele trouxe uma leitura diferente à forma como o brasileiro olhava para Portugal

Como é que isso aconteceu?

Na década de '70 as coisas estavam muito difíceis em São Paulo e ele foi com três amigos para o Rio de Janeiro. A rede Globo estava lá e era o canal que podia fazer a carreira acontecer. E é engraçado que essas três pessoas eram o meu pai, a Alcione e o Jair Rodrigues, um dos maiores sambistas do Brasil.

Num belo dia, depois de dormir três noites no chão à porta da Rede Globo, o Chacrinha, que era um homem super excêntrico também, chegou lá e viu aquele loirinho sentado ali. A primeira coisa que perguntou ao meu pai foi: "Vem cá, você é veado?" [expressão brasileira usada de forma pejorativa para referir homossexuais]

Ele respondeu: "Não, eu sou português'. E ele disse: "Então estás no programa!" Naquele dia, domingo, estava a acontecer o programa do Chacrinha e no mesmo horário, na rede Record, um dos programas de maior audiência - o Festival da Canção da Rede Record.

Deu um problema técnico qualquer, o meu pai foi vendo as horas passar e pensou que já não o iam colocar. De repente, o Chacrinha, que tinha uma voz muito peculiar, brincou e disse: 'a rede Globo gastou 50 mil dólares para trazer o português mais bonito do Brasil. Com vocês, Roberto Leal!' O meu pai entra a cantar o 'Arrebita', houve um problema técnico e eles pediram para o meu pai cantar de novo.

Em 1970, ao ficar 10 minutos no ar na Rede Globo tinha-se pelo menos 45, 50 milhões de brasileiros a assistir. A partir do dia seguinte ele não pôde sair à rua.

O meu pai contava que uma vez a Amália Rodrigues lhe disse que ele tinha sido a vingança dos portugueses no Brasil. Ele trouxe uma leitura diferente à forma como o brasileiro olhava para Portugal.

As pessoas aqui, a 9 mil quilómetros de distância, falam da carreira do meu pai com lágrimas nos olhos. Do primeiro ao último dia ele não teve uma ranhura na carreira, não há o que se falar de uma forma negativa do Roberto Leal. Pode-se gostar ou não da obra dele, mas enquanto homem, cidadão e pessoa foi extremamente íntegro.

Ele ficou cego por causa da doença, teve problemas na coluna, tinha metástases pelo corpo inteiro, usava óculos [escuros] e fez duas tournées sentado, coisa que o matava - porque era uma homem enérgico que pulava três horas no palco

Quais as maiores lições que lhe foram deixadas pelo seu pai?

A fé é um dos grandes pilares, porque ela acompanhou o meu pai desde o primeiro dia. A carreira dele foi um milagre. Passaram-se 55 anos e é muito difícil acontecer o sucesso que ele teve... Como é que um artista vindo de Portugal conseguiu vender 30 milhões de discos no Brasil?

A fé fez-se presente desde sempre e acompanhou o meu pai desde o primeiro passo até à hora dele partir. Ele ficou cego por causa da doença, teve problemas na coluna, tinha metástases pelo corpo inteiro, usava óculos [escuros] e fez duas tournées sentado, coisa que o matava - porque era um homem enérgico que pulava três horas no palco.

Ele não desistiu, não fraquejou e não se lamentou, porque geralmente as pessoas quando estão nesse estágio final revoltam-se contra a vida, contra as pessoas, contra Deus, e ele não. Manteve-se íntegro, igual a ele próprio a vida inteira. Além da fé, foi o amor. Roberto Leal era amor. Ele se doava para os filhos, para a esposa, para os amigos, para os fãs.

Se há três palavras que eu posso definir Roberto Leal é o amor, a fé e a originalidade. Ele era aquilo que vocês conhecem. Era um homem de muita serenidade e foco, um homem positivo e isso levarei para a vida.

Leia Também: "Era de loucos. Fiz guiões do Secret Story no carro da Teresa Guilherme"