Com um discurso assertivo e emocionante, o ator espanhol Javier Bardem exigiu, esta semana, na sede das Nações Unidas um tratado global para proteger as vastas extensões de água do planeta, que considera "à beira de um colapso".
Bardem, um reconhecido defensor do meio ambiente, integra uma campanha do grupo ecologista Greenpeace para a existência de um Tratado Global dos Oceanos na ONU, que permitiria criar uma rede mundial de santuários marinhos.
“Os nossos oceanos estão à beira do colapso e todos somos, em parte, culpados disso. Agora também todos devemos fazer algo para travar este problema”, disse o ator, pedindo aos responsáveis do organismo para agir o mais rápido possível
Os Estados-membros das Nações Unidas estão reunidos até o dia 30 de agosto na terceira sessão de uma conferência intergovernamental, lançada em setembro de 2018, na tentativa de alcançar em 2020 um tratado sobre as águas internacionais, que cobrem cerca de 46% da superfície do planeta, mas que, segundo os cientistas, precisam de proteção ambiental adequada.
O ator espanhol, que ganhou um Óscar de melhor ator secundário pelo seu papel no filme ‘Este país não é para velhos’ (2007), mostrou-se muito preocupado pelo facto de a sala “ter muitas cadeiras vazias", enumerando os problemas existentes atualmente nos oceanos: contaminação por plásticos, mineração em fundos marinhos, prospeções para buscar petróleo e recursos genéticos, e acidificação das águas, além do aquecimento global que altera o ecossistema.
A Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar foi adotada em 1982, mas a chamada "Constituição dos oceanos" não regula as atividades em alto mar. Até agora, 168 dos 193 Estados-membros da ONU aderiram ao acordo, mas alguns não a ratificaram.
Recorde-se que os Estados Unidos da América nem chegaram a assinar o tratado.
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