Em caso de dúvida, não entre logo em stresse. «Antigamente, os termómetros mais fidedignos eram de mercúrio. Mas eram de vidro e podiam quebrar-se e, sendo o mercúrio um metal tóxico, foram descontinuados. Atualmente, os aparelhos mais utilizados e fiáveis são os digitais», assegura Ana Serrão Neto, médica pediatra, coordenadora do Centro da Criança e do Adolescente do Hospital Cuf Descobertas, em Lisboa.
«Mesmo quando as baterias estão fracas, há alertas, não sendo a medição prejudicada», assegura a especialista. «Existem também termómetros por raios infravermelhos, os quais são adequados para medir a temperatura no ouvido e na testa. Estes aparelhos são mais caros, têm a vantagem de ser mais rápidos, embora haja circunstâncias que prejudicam uma leitura correta», refere ainda.
Existem, contudo, diferenças nos procedimentos a adotar:
- Nos bebés
A forma mais rigorosa e fácil de medir a temperatura «é com o termómetro digital retal, cuja ponta deve ser flexível. A ponta deve ser lubrificada com vaselina antes de utilizada. A criança deve estar deitada de barriga para baixo e a ponta do termómetro deve ser introduzida cerca de um centímetro no reto. Após o sinal sonoro, a leitura da temperatura pode ser realizada», diz.
- Nas crianças acima dos cinco anos e nos adultos
A temperatura pode ser medida na boca. «Nestas idades, a temperatura pode ser medida na axila, desde que a pele esteja seca. O termómetro é colocado em contacto com a axila, mantendo o braço apertado junto ao tórax. Após a sua utilização, a parte metálica do termómetro deve ser desinfetada com álcool a 70º C», defende Ana Serrão Neto, médica pediatra.
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