Uma das cirurgias mais procuradas nos consultórios de cirurgia plástica, é a mamoplastia de aumento. Um dos mitos mais comuns é o de que a prótese de silicone interfere na produção e excreção do leite, bem como na alteração do seu gosto e qualidade. Porém, o silicone é um gel de alta coesividade que não ultrapassa a prótese. Além disso, o implante fica de baixo da glândula mamária e, assim, não tem nenhum contacto com o leite.

No entanto, para que a prótese de silicone não interfira mesmo na amamentação, é preciso ter em conta alguns fatores:

- Quando o implante escolhido pela paciente é maior do que o recomendado pelo cirurgião, há o risco de o silicone comprimir os canais por onde o alimento é transportado, dificultando a sua passagem. Mas  apenas se trata de uma possibilidade remota, uma vez que o organismo tem uma enorme capacidade de adaptação e, com as inovações tecnológicas no fabrico das próteses e nos procedimentos cirúrgicos, torna-se cada vez mais raro o desenvolvimento de problemas na amamentação.

- Outro fator a ser levado em consideração é o local em que é feita a incisão. No caso da areolar – em que a prótese é inserida pela aréola –, o corte é feito nos ductos, as vias por onde o leite transita. Devido à incisão, esses ductos podem ser prejudicados, dificultando a passagem de leite e a até mesmo a sua produção. No entanto até mesmo nesses casos, a incidência de problemas é baixa.

Para quem já colocou os implantes, recomenda-se aguardar pelo menos quatro meses após a cirurgia antes de engravidar, para não correr qualquer risco durante a gestação e não prejudicar o aleitamento.

Também se dá o caso de mulheres que necessitam de fazer uma cirurgia de redução mamária. Como se processa neste caso? O sucesso da amamentação em mulheres que se submeteram à cirurgia para diminuir os seios depende em parte da técnica usada na operação. Existem técnicas de mamoplastia redutora que não impossibilitam a amamentação.  Mas há procedimentos que acabam por remover muito tecido mamário, ou que envolvem a retirada do mamilo durante a operação. Nesses casos há riscos de que a cirurgia danifique nervos, as glândulas ou ductos produtores de leite, tornando a amamentação mais complicada.  É cada vez mais comum que cirurgiões procurem preservar o tecido glandular para que a amamentação não seja prejudicada.

O recomendável é que a decisão de fazer redução de mamas sempre leve em conta a intenção futura de amamentar, e que o cirurgião seja informado para que preserve o máximo de tecido glandular.

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