A epidural é um método farmacológico de alívio da dor no trabalho de parto.
Como refere Isabel Ramos de Almeida, «a epidural é uma analgesia que bloqueia a transmissão de dor ao cérebro, induzida por injeção no espaço que se localiza entre duas das vértebras da região dorsal da coluna vertebral».
Segundo a fisioterapeuta especializada na área da saúde da mulher, a analgesia com recurso a epidural «é uma técnica que tem um efeito relativamente rápido no alívio da dor, atuando de forma gradual».
Contudo, há casos em que a epidural não pode ser administrada de imediato ou que, por razões médicas, não pode ser de todo administrada.
Por estas razões, refere a especialista: «é importante saber antecipadamente o que vai acontecer no parto», bem como quais as opções para alívio da dor, para melhor controlar a situação. «A mulher preparada para lidar com a dor suporta melhor o momento do parto», avança Isabel Ramos de Almeida, «se os níveis de ansiedade forem mais reduzidos, a experiência também será menos dolorosa.»
O que acontece durante as contrações
Isabel Ramos de Almeida explica que nem todas as mulheres têm o mesmo nível de dor, mas o tipo de vivência depende muito da atitude da mulher no trabalho de parto.
No início do trabalho de parto, a dor das contrações é menor e menos frequente. À medida que o parto vai evoluindo, as contrações vão tornando-se mais fortes e dolorosas.
A fisioterapeuta ilustra o processo de uma contração. «Imaginemos uma cãibra numa perna. É uma contração forte que surge repentinamente, dando a sensação de bloqueio da respiração. A contração do útero também aparece de repente. Causa dor num crescente, atinge o seu pico e depois desaparece, aumentando a frequência respiratória. É importante descansar nos intervalos das contrações e encarar as contrações como uma de cada vez; a que passou não se repete.»
Texto: Ana Margarida Marques
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