Para o estudo, agora revelado pela Science Daily e publicado no Journal of Family Psychology, os investigadores questionarem mães e pais sobre a forma como se sentem quando a criança chora a meio da noite - se têm tendência para deixar a criança chorar até esta se acalmar sozinha ou se tendem a levantar-se imediatamente - e quais as suas perceções quanto à coparentalidade.
Os resultados revelaram que as mães têm uma opinião mais assertiva quanto a este tema, e são elas também que identificam maiores problemas na relação coparental, ou seja, na forma como ambos educam os filhos.
Jonathan Reader, candidato a doutoramento e um dos autores do estudo, afirma que esta pesquisa foi um importante passo para aprender mais sobre como os pais podem trabalhar em conjunto na promoção do bem-estar da criança.
"Definir limites sobre como responder ao acordar do bebé durante a noite pode ser stressante e se houver discrepâncias entre mães e pais sobre como agir, isso pode reduzir a qualidade da relação coparental", afirma.
No estudo participaram 167 mães e 155 pais, os quais responderam a dois tipos de questionário: um sobre como deve ser a hora de dormir da criança, e outro sobre a perceção do parceiro em relação ao outro quanto às decisões que tomam.
No final, as conclusões revelaram que quando os pais estão em desacordo e agem de formas diferentes, esse comportamento tem um impacto na relação de coparentalidade. Também foi notório que as mães acabam por ter opniões mais assertivas quanto à hora de dormir do filho e o que é melhor para ele. E, ainda, que as mães acabam por ser mais ativas nos cuidados noturnos das crianças, ou seja, são elas quem mais vezes se levantam durante a noite.
O estudo alerta que deve haver uma maior comunicação entre os pais, "para depois quando o filho acorda às 3 da manhã, ambos estarem em sintonia quanto ao comportamento a adotar".
Os investigadores dizem que o próximo passo é um estudo sobre a melhor forma de desenvolver e melhorar a relação de coparentalidade, com incidência no sono da criança.
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