Aceite que a vida em comum é da inteira responsabilidade de ambos. A própria felicidade depende de cada um. Não tem de resolver a vida da outra pessoa procurando soluções, dando-lhe conselhos e definindo-lhe formas de viver a sua vida. Aprenda a ouvir. Para isso, abandone o que está a fazer e concentre-se na conversa. Não dê nada por adquirido. «Pergunte e certifique-se que o outro percebeu o que disse», aconselha Vera Barrias, mediadora familiar no Gabinete da Família, no Porto.
E converse. A opinião de cada um, a forma como cada um vê a vida, não são verdades absolutas, apenas para a própria pessoa. Partilhar é outro dos princípios básicos. Dêem-se um ao outro. Pergunte-lhe como se sente, o que o incomoda, o que quer e deseja. E não tenha medo de pedir. Mostrar vulnerabilidade é a maior demonstração de amor, uma vez que não se ensina a ninguém.
Partilhe tempos livres, fantasias e sonhos, da mesma forma que acompanha o seu companheiro nos momentos mais tristes e difíceis. Utilize os conflitos e as crises para aprender mais acerca de si e do outro. «Veja a crise como uma oportunidade de amadurecimento», diz Vera Barrias. Mime o seu companheiro orgulhosamente. O sexo, as carícias e a palavra «amo-te» devem ser ditos e manifestados. Não vale achar que o companheiro já o sabe de cor e salteado. Demonstre-o.
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