Cerca de 50 burras da raça mirandesa criadas ao ar livre, que só comem uma ração especializada, são acompanhadas por uma equipa de veterinários e até têm um dentista próprio, estão a produzir o leite que serve de base aos produtos que uma nova marca de cosmética portuguesa acaba de lançar. Os benefícios deste alimento para a pele são reconhecidos e elogiados desde os tempos de Cleópatra e os ensaios clínicos que a DMC - Donkey Milk Cosmetics, que detém a marca Phillippe by Almada, levou a cabo antes de comercializar o seu creme de rosto, um leite corporal e um sabonete confirmaram isso mesmo.
«A sua composição é muito rica em nutrientes essenciais e oligoelementos, como proteínas lácteas, karité, vitaminas, cálcio e minerais, pelo que apresenta propriedades restauradoras e renovadoras, aporta uma maior elasticidade e vitalidade refletindo-se, com a sua utilização, uma pele jovem e saudável», refere a empresa em comunicado.
«A grande mais valia da Phillippe by Almada é a utilização de leite de burra em pó, que resulta de diversos estudos e investigações realizadas em estreita colaboração com universidades e a empresa produtora. O resultado desses protocolos permitiram atingir concentrações elevadas dos constituintes do leite, o que se traduz numa melhor performance dos produtos finais, quando aplicados na pele», acrescenta ainda.
Os benefícios e vantagens do leite de burra foram amplamente testados por um laboratório externo especializado, internacionalmente reconhecido e com certificação acreditada, o PhD Trials. «Os estudos, in vivo, relativamente a testes antirrugas, anti estrias reafirmante, HRIPT, hidratação aguda, reparação cutânea modelos com tensioativos demonstram os inúmeros benefícios do leite de burra». Quando aplicado na pele, o leite de burra tem qualidades extraordinárias, nomeadamente um enorme potencial antioxidante e uma forte intervenção ao nível da hidratação.
Contribui para a firmeza da pele, tornando-a mais suave e permitindo uma maior elasticidade. E contribui para um efeito natural anti rugas e anti estrias, e para o alisamento cutâneo. As peles sensíveis com tendência a reações alérgicas toleram com grande facilidade os cremes à base de leite de burra, um dos mais próximos do leite materno em termos de composição e também um dos mais raros.
Fragrância foi definida pelo perfumista português Lourenço Lucena
Enquanto uma vaca leiteira produz, em média, cerca de 35 litros de leite por dia, as burras produzem apenas um litro e meio, matéria prima que a DMC - Donkey Milk Cosmetics, uma empresa totalmente portuguesa, converte em leite em pó para produzir os seus cosméticos. Na hora de definir o aroma dos produtos, a escolha recaiu sobre o conceituado perfumista Lourenço Lucena.
«Ao leite de burra foram adicionadas outros ingredientes, cuidadosamente selecionados e validados, pelos melhores meios que a tecnologia pode oferecer e com o cuidado extremo dos melhores técnicos, para produzir produtos finais de excelência. Um deles, o aroma, foi selecionado em colaboração com o único português reconhecido pela academia dos perfumistas franceses, que ajudou na obtenção de um produto final não só de extrema qualidade, como aromaticamente muito evoluído», explica ainda a empresa.
A ordenha das burras, que pastam livremente nos campos do Vale do Sorraia com o montado ribatejano como pano de fundo, é realizada numa sala construída propositadamente para estes animais, «com todas as condições de bem estar animal e de higiene, de acordo com os requisitos dos respetivos reguladores acompanhado por um rigoroso processo de controlo de qualidade», asseguram os responsáveis da marca.
«O leite é tratado e transformado em pó por um processo totalmente mecânico, que lhe confere o estatuto de produto natural e que mantém intactas as características iniciais do leite», esclarecem ainda. Os produtos Phillippe by Almada estão disponíveis a partir de novembro na rede de lojas Well's e na loja online disponível no site da marca.
Nos próximos meses, além de alargar o seu portefólio com o lançamento de novos produtos, a empresa conta expandir o negócio e triplicar o número de animais. «Queremos aumentar para cerca de 150 o número de burras na nossa exploração», refere mesmo Filipe Carvalho, um dos três sócios fundadores da empresa, juntamente com Jorge Leal Barrreto e Miguel Carvalho.
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