“Os meus leitores conhecem-me pelas minhas receitas de bolos, tartes, doces, cupcakes, cheesecakes, enfim, por tudo o que é docinho”, sublinha Julie Deffense na nota de apresentação do seu novo livro que, desta feita, abandona o mundo dos açúcares e chocolate, para uma viagem de verão ao arquipélago das saladas.
“Cá em casa praticamos o que chamamos ´A Dieta dos Bolos`: comemos bolos ao pequeno-almoço, mas durante o resto do dia tentamos encher o prato com tudo o que é saudável”, adianta a norte-americana, nascida em Boston e residente em Portugal, numa altura em que dá aos escaparates uma obra em 70 receitas tendo por mote as saladas.
“A Arte da Salada” (edição Casa das Letras), diversifica as abordagens, com propostas de influência americana, outras afrancesadas, algumas com um toque oriental, outras com sabor mexicano, umas totalmente vegetarianas, já outras aliam ao colorido dos legumes, frango, salmão ou atum, muitas com receitas de vinagretes e molhos deliciosos. Não falta um clássico, a salada César, a favorita de Julie Deffense.
Em comum, entre todas estas saladas, o de serem fáceis de fazer, rápidas de confecionar, deliciosas de comer e saudáveis. “Se fizerem estas receitas já podem comer aquela fatia de bolo com aspeto delicioso e irresistível sem culpa nem remorso. Comigo tem funcionado”, conta-nos Julie.
Uma obra que chega com prefácio do apresentador e também autor Manuel Luís Goucha: “gosto de saladas. Quentes, frias e assim-assim, de acordo com o(s) apetite(s) e também tendo em conta o tempo que faz. Das mais clássicas, que levam nome de gente como o tal de César que, independentemente da versão que se conte, era chef italiano (Caesar Cardini), emigrado no México e com casa(s) posta(s), ou com sotaque francês como a ´Niçoise`, já a ´russa` é outra conversa. Eu, que já há uns bons anos acompanho exaltado o trabalho da Julie na alta arte açucarada, jubilo agora por esta sua incursão no domínio exigente dos salgados, convocando-nos à experimentação”.
A carreira de Julie evoluiu do design editorial para a arte dos bolos. Veio por três meses para Portugal, há mais de 20 anos, e por cá ficou, por amor. Estudou com vários designers de bolos e viajou entre Portugal e os Estados Unidos para treinar na Wilton School of Cake Decorating and Confectionery Art.
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