Grande parte dos problemas podológicos tem a ver com a relação entre os pés e o calçado. Ninguém deveria calçar-se em função da estética, tendências de moda ou preço custos dos sapatos. O conforto e a ergonomia do sapato deveriam ser os critérios principais na hora de escolher um par de sapatos.
De acordo com um estudo realizado pela Associação Portuguesa de Podologia (APP), 85% da população com idade superior a 35 anos apresenta alguma alteração nos pés.
As calosidades, os joanetes e as onicopatias (infeções nas unhas) são as alterações mais comuns. Manuel Azevedo Portela, presidente da Associação Portuguesa de Podologia (APP) salienta que "o sexo feminino é o que mais sofre com problemas nesta zona do corpo tão subvalorizada. Após os 60 anos de idade, regista-se uma prevalência de 70% das doenças osteoarticulares nos pés".
O processo de envelhecimento traz consigo, habitualmente, complicações diversas na saúde das pessoas, e os pés não são exceção. Entre as principais causas para o surgimento de alterações podológicas no idoso estão: a presença de traumas e/ou problemas anatómicos do pé, que por falta de diagnóstico ou tratamento incorreto, têm danificado a estrutura do membro inferior; o uso de calçado desadequado ao longo da vida; e a regular realização de atividades que requeiram estar muito tempo de pé.
O pé, como o resto do corpo, tem mecanismos de termoregulação que atuam através da formação de suor, para manterem constante a temperatura da zona. Problemas relacionados com o excesso ou falta de sudação plantar aumentam o risco de dermatoses micóticas, virais ou bacterianas. Quando as bactérias se decompõem surge o mau odor. Um bom calçado permite evitar estas complicações graves nos pés.
O sedentarismo, a obesidade e a presença de doenças crónicas, como a diabetes ou a doença arterial periférica, que contribuem para a má circulação sanguínea, são igualmente fatores impulsionadores do aparecimento de doenças podológicas.
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