As emoções afetam a perceção que temos dos sabores, podendo mesmo interferir no prazer que sentimos ao comer, revela um recente estudo divulgado na publicação científica Appetite. Quando vivemos emoções negativas (como tristeza), explicou um dos investigadores ao site ScienceDaily, «os alimentos que nos oferecem menos prazer tornam-se ainda menos apelativos, enquanto os que nos oferecem mais prazer [como os doces] mantêm-se prazerosos».
Esta situação explica, em grande parte, porque tendemos a compensar uma frustração com um generoso chocolate. Da próxima vez que este tipo de fome (emocional) surgir, lembre-se que sabe porque ela está a acontecer, entretenha a sua mente e resista. Este está, no entanto, longe de ser o primeiro estudo a correlacionar emoções e aumento de peso.
Um grupo de nutricionistas da Unité de Recherche en Epidémiologie Nutritionnelle (UREN) realizou, em 2009, o estudo NutriNet-Santé, divulgado na altura no American Journal of Clinical Nutrition. Segundo esta publicação, «comer por impulso, [comportamento] motivado por uma emoção, pode conduzir à obesidade», garantem os especialistas. Nessa investigação, 52% das mulheres afirmaram recorrer à comida como forma de satisfação face a uma emoção negativa, contra 20% dos homens.
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