A informação foi avançada hoje pelo diretor regional da Agricultura, explicando que, “face ao alerta emitido esta semana pelo Ministério da Agricultura quanto à receção de pacotes de sementes de origem asiática não solicitadas, via CTT, o Governo dos Açores decidiu reforçar o controlo fitossanitário na região, por precaução”.

Citado numa nota, José Élio Ventura afirma que "caso algum agricultor ou outro qualquer cidadão receba correio suspeito deve entrar em contacto imediato com o Laboratório Regional de Sanidade Vegetal".

O diretor regional sublinha que o cumprimento do Plano de Prospeção Fitossanitário de Organismo Nocivos na Região Autónoma dos Açores "é de primordial importância para a manutenção do estatuto de zona protegida relativamente a algumas pragas, doenças e plantas invasoras existentes fora do arquipélago e para a monitorização e identificação de forma célere de novos organismos nocivos que, caso se instalem, constituirão uma ameaça para as culturas agrícolas e florestais do arquipélago".

“Importa destacar que temos montado no terreno uma rede apertada de controlo, numa articulação entre os técnicos do Laboratório Regional de Sanidade Vegetal, os CTT e os postos alfandegários, para controlo de produtos com origem em países terceiros que chegam aos Açores, para que, no caso de surgirem situações suspeitas de introdução indevida de sementes, de plantas ou outros produtos vegetais, se possa atuar de forma imediata e proativamente”, frisa José Élio Ventura.

O Ministério da Agricultura alertou esta semana para o envio postal de pacotes de sementes de países asiáticos, que não foram solicitados, pedindo que estas não sejam semeadas ou deitadas no lixo, mas reencaminhadas para as direções de Agricultura.

“O Ministério da Agricultura alerta para o envio, por via postal, de pequenos pacotes de sementes, não solicitados, provenientes de países asiáticos. Esta situação está também a ser reportada em vários países da União Europeia e por países terceiros”, sublinhou o executivo, numa nota hoje divulgada pela Direção-Geral de Alimentação e Veterinária (DGAV).

Além das sementes de várias espécies, as embalagens podem conter solo, larvas mortas ou estruturas de fungos.

Segundo o ministério tutelado por Maria do Céu Antunes, as embalagens, cujo conteúdo não aparece especificado, também não são acompanhadas por um certificado fitossanitário que ateste as exigências do país, acarretando assim “sérios riscos do ponto de vista da sanidade vegetal, pela possibilidade de veicularem pragas e doenças ou ainda pelo perigo de se tratar de espécies nocivas ou invasoras”.

Neste sentido, as sementes não devem ser semeadas ou colocadas no lixo, mas entregues num serviço regional da DGAV ou numa Direção Regional de Agricultura e Pescas.

“Caso não seja possível a entrega em mãos, agradece-se que estas sementes sejam enviadas, com a embalagem original, incluindo a etiqueta de expedição, para a DGAV (Campo Grande 50 - 1700-093 Lisboa), devendo ser indicado um contacto tendo em conta a eventual necessidade de recolha de esclarecimentos adicionais”, ressalvou o Governo.