Quatro anos depois do primeiro diagnóstico, os médicos admitiram a Callie Blackwell, mãe de Deryn, que pouco mais havia a fazer. O jovem estaria numa fase terminal da doença e restava aguardar e continuar a insistir com os fármacos quimioterápicos de primeira e segunda linha.
Nessa altura, Deryn Blackwell estava internado, já vivia sob o efeito de opiáceos para atenuar as dores e estava dependente de morfina.
O desespero tomava conta dos pais quando Callie Blackwell encontrou na Internet boas recomendações sobre um analgésico à base de canábis. Ao Daily Mail, a mãe conta que falou com o médico da criança que a alertou para o facto da substância nunca ter sido testado em crianças, não recomendando por isso a mesma ao jovem Deryn Blackwell.
Mas os pais foram mais longe. Sentiram que não tinham nada a perder, conta a mãe ao referido jornal. O pai encontrou-se com um traficante para comprar a substância e em casa preparou a droga com uma panela de pressão. Depois, no hospital, às escondidas, administraram-na a Deryn Blackwell.
Deryn Blackwell recuperou gradualmente e agora, com 17 anos, estuda e até tem um trabalho em part-time.
Segundo o jornal, vários especialistas e médicos alertam que a história do jovem não prova a eficácia da canábis, nem deve servir de exemplo. "Tem havido muitos estudos sobre o efeito da canábis em células desenvolvidas em laboratórios, mas com efeitos diferentes em tipos diferentes de células cancerígenas", explica Emma Smith do Cancer Research UK ao jornal "The Independent".
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