Neste dia 6 de maio de 2024 mais um acidente de trabalho mortal, de novo por queda, desta vez na Murtosa e de uma árvore. Para quem associa os acidentes de trabalho mortais só à Construção Civil mais um triste exemplo que tal nem sempre acontece apenas nesse sector de actividade económica.

Julgo que o infortúnio (ou falta de sorte) ou mesmo mais esta “disgrazia” se situa mais na leviandade de não respeitar as mais elementares normas de segurança e não apenas no trágico de mais uma morte evitável. E a esse propósito:

Quantas mais mortes por queda serão necessárias para que qualquer trabalho em altura seja executado com normas de segurança que reduzam esse risco tendencialmente a zero?

Para quando a obrigatoriedade de uma formação específica obrigatória prévia a esses trabalhadores?

Fazemos tudo o que deve ser feito em matéria de prevenção dos acidentes de trabalho, designadamente no trabalho em altura?

As normas e regras da Saúde e Segurança do Trabalho são respeitadas nesse domínio? E suficientemente auditadas?

Será suficiente, a diversos níveis, o controlo da aplicação das normas e regras?

Existirá uma robusta cultura de saúde e segurança do trabalho nas nossas empresas e outras organizações onde esses trabalhos se realizam?

A comunicação de riscos e a formação dos trabalhadores nesse domínio serão realizadas de forma sistemática e com grande empenho dos empregadores?

Poderiam colocar-se muitas outras questões em relação à ocorrência destes dramáticos acontecimentos, mas o propósito de mais esta reflexão e lembrança das questões colocadas é somente mais outra tentativa de promover mais “massa crítica” nesse domínio. É que, pelo menos no meu caso, acho que podíamos fazer bem mais do que fazemos…

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