Após uma primeira sessão de negociações na terça-feira, a chanceler Angela Merkel, o seu sucessor Olaf Scholz e os dirigentes das 16 regiões do país reúnem-se novamente esta quinta-feira para definir o arsenal de medidas.
Apesar de uma tímida melhora, a situação ainda é considerada alarmante no país, com dezenas de milhares de contágios diários e vários hospitais próximos do colapso.
O contexto é complicado pelo atual período de transição na Alemanha, entre a saída de Angela Merkel, que fará um discurso de despedida nesta quinta-feira, e a posse de Scholz, que deve ser eleito pelo Parlamento na próxima semana.
A reunião e as restrições estimuladas pela nova coligação de governo devem mostrar, segundo o futuro chanceler Scholz, que "não há um vazio de poder, como alguns citam neste momento".
O ponto mais delicado da nova ofensiva contra a COVID-19 é a vacinação obrigatória, que pode ser decidida a partir de fevereiro ou março.
O social-democrata Scholz surpreendeu ao defender a medida radical, já aprovada na Áustria e que é objeto de debate na União Europeia.
Até ao final do ano ele deve apresentar um projeto de lei ao Parlamento.
A opinião pública mudou consideravelmente sobre a questão. Há alguns meses, dois terços dos alemães eram contrários às vacinas obrigatórias, mas agora 64% são favoráveis, segundo uma pesquisa da RTL e ntv.
A medida tem o apoio dos dois sócios de coligação dos social-democratas (os Verdes e os Liberais, habitualmente contrários à interferência nas liberdades), assim como dos conservadores de Angela Merkel. Apenas o partido de extrema-direita AfD iniciou uma campanha contra a vacina obrigatória.
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