“Esta visa ser uma solução de apoio à nossa vida do ponto de vista nutricional, assente num sistema de recomendações alimentares”, afirmou hoje David Ribeiro, um dos responsáveis pelo projeto, intitulado LIFANA.
Com um financiamento de 2,3 milhões de euros, o projeto, desenvolvido em parceria com 16 instituições nacionais e internacionais, integra uma aplicação que, “desenhada com e para idosos”, recomenda planos alimentares de acordo com as características especificas de cada um, tais como, preferências, cultura, estilo de vida e orçamento.
Em declarações à Lusa, David Ribeiro explicou que, a aplicação, que é ainda um protótipo e está a ser testada por mais de 70 idosos em Portugal e na Holanda, pode fazer um planeamento nutricional diário, semanal ou de apenas uma refeição.
“O utilizador tem de criar um perfil e a aplicação começa por perguntar algumas características relacionadas com os hábitos alimentares, por forma a personalizar as recomendações. A partir desse momento, basta pedirem um plano de refeições e o sistema considera todas as informações que recolheu”, esclareceu o investigador.
Através deste planeamento, a aplicação define uma lista de compras e, reencaminhando o utilizador para uma “aplicação retalhista”, permite que o utilizador finalize as suas compras e opte pela entrega ao domicílio.
“Apesar desta particularidade, o utilizador pode ter o plano e não fazer as compras naquele retalhista”, adiantou.
Além deste plano nutricional, a aplicação, assente num sistema de algoritmos, dá também “dicas” para uma alimentação saudável, sendo que o utilizador tem o “total controlo sobre esse plano” e pode alterá-lo consoante as suas preferências.
À Lusa, David Ribeiro adiantou que o objetivo da equipa passa por “colocar a tecnologia no mercado e fazer com que a mesma chegue à população”.
O projeto LIFANA, financiado pela União Europeia, tem como parceiros, entre outros, a Sonae MC e a Santa Casa da Misericórdia do Porto.
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