Em comunicado enviado à agência Lusa, a ARSC refere que “o Centro de Saúde de Mortágua regista atualmente a falta de três médicos de Medicina Geral e Familiar”, dois dos quais por baixa e um por licença de paternidade.
“No sentido de garantir a assistência aos seus utentes, a ARSC está a contratar dois novos médicos que iniciarão funções já na próxima semana, aguardando-se, entretanto, o regresso do clínico de licença de paternidade em março”, acrescenta.
Hoje, os deputados do PSD eleitos pelo círculo de Viseu mostraram-se preocupados com a falta de médicos no centro de saúde de Mortágua.
Numa pergunta dirigida ao Ministério da Saúde, os deputados contam que, numa reunião realizada recentemente com profissionais do centro de saúde, constataram que “existe um grave problema no acesso às consultas de medicina familiar por falta de médicos”, desde novembro de 2019.
“Dos seis médicos existentes no quadro, apenas três se encontram em serviço e, mesmo esses, encontram-se com redução de horário de trabalho”, explicam.
No seu entender, “esta falta de médicos e a incapacidade da direção do ACES (Agrupamento de Centros de Saúde) do Baixo Mondego para solucionar esta insuficiência levaram ao cancelamento de todas as consultas programadas, exceto para mulheres grávidas e crianças com menos de dois anos”.
Segundo os deputados Pedro Alves, Fernando Ruas, Carla Borges e António Lima Costa, verificou-se também o encerramento da extensão de saúde de Espinho e a redução do horário de funcionamento.
“Trata-se, portanto, de uma situação intolerável, que coloca em causa a prestação de cuidados de saúde primários a uma população de mais de dez mil utentes”, sublinham.
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