António Costa assumiu esta posição na segunda ronda do debate sobre política geral, na Assembleia da República, depois de uma intervenção da deputada socialista Telma Guerreiro sobre a situação em Odemira.
O primeiro-ministro sustentou que a intervenção do Governo em Odemira teve diversos níveis, começando “pela de fundo no sentido de resolver a questão da habitação” dos trabalhadores, mas também “uma de emergência, em que foi necessária a intervenção da GNR, da Autoridade para as Condições do Trabalho, da autoridade local de saúde e o Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF)”.
“Todos estes agentes andaram de casa em casa a vistoriar com a Câmara quais as situações de habitabilidade e procurar assegurar alojamento de emergência. É muito fácil dizer que cabiam todos [os trabalhadores] na pousada da juventude local, mas não cabiam e muitos tiveram de vir para o Alfeite [Almada]”, observou.
Em relação a outros trabalhadores, perante a crise da epidemia de covid-19, de acordo com o líder do executivo, optou-se por uma solução local.
“Soluções que foram encontradas por requisição civil que com muita honra assinei, porque era efetivamente necessário encontrar uma solução de emergência para assegurar o confinamento profilático”, insistiu.
Perante os deputados, o primeiro-ministro defendeu depois a tese de que, em consequência destas medidas, “foi possível registar-se uma evolução na saúde pública – a questão mais importante”.
“Agora, tal como comunicou a autoridade local de saúde, a maior parte dos resultados positivos [de covid-19] correspondem a cadeias já identificadas, não havendo neste momento transmissão comunitária. Como se verifica uma trajetória decrescente de casos, foi possível levantar-se a cerca sanitária nas duas freguesias”, frisou António Costa.
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