Os juízes na audiência de Sergei Shubenkov, de 30 anos, descreveram o caso como “genuinamente excecional”, disse a Unidade de Integridade de Atletismo (IAU), que abriu uma investigação após o teste positivo a “um agente mascarador” em dezembro de 2020.
Sergei Shubenkov testou positivo a “uma baixa concentração” de um diurético chamado acetazolamida, que o russo justificou com o facto de ter sido um medicamento que estava a ser tomado pelo seu filho, então com três meses de idade.
“Uma criança dessa idade não consegue engolir, então os comprimidos têm que ser esmagados. Isso resultou em pequenas partículas quase invisíveis de pó na minha cozinha, que causaram um teste positivo”, escreveu o russo no Instagram.
A IAU refere em comunicado que fez “uma investigação completa da explicação do atleta”, relacionada com a “ingestão não intencional de resíduos de medicamentos usados para tratar um membro da família”.
“Estou feliz e grato à IAU e à World Athletics por terem analisado e resolvido este caso de maneira adequada”, disse ainda Shubenkov.
A um mês dos Jogos Olímpicos, a decorrer de 23 de julho a 08 de agosto, a decisão abre as portas de Tóquio2020 a Shubenkov, campeão mundial dos 110 metros barreiras em 2015, vice-campeão em 2017 e 2019 e medalha de bronze em 2013.
Um obstáculo permanece. Shubenkov ainda não está na lista de atletas russos que podem competir internacionalmente sob bandeira neutra, uma vez que a sua federação se encontra suspensa na sequência de um escândalo de doping.
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