Em comunicado enviado à agência Lusa, a Administração Regional de Saúde (ARS) do Alentejo informa que o Ministério da Saúde "validou", na quinta-feira, "a necessária autorização" para a ULSBA "avançar com a construção do novo Centro de Saúde de Vidigueira num terreno cedido pelo município".

Segundo a ARS, com a autorização, que "confirma a programação plurianual da respetiva despesa com publicação em Diário da República, fica mais próxima a concretização de um novo e importante equipamento de saúde no Baixo Alentejo" para permitir criar "melhores condições de trabalho" para profissionais e "melhorar o acesso e a qualidade dos cuidados de saúde prestados" a cerca de 6.000 habitantes.

Contactada pela Lusa, a presidente do conselho de administração da ULSBA, Conceição Margalha, disse que a instituição ainda não recebeu oficialmente a autorização do Ministério da Saúde.

Conceição Margalha explicou que precisa de receber e ter a autorização para a enviar para o processo que já está a decorrer no Tribunal de Contas com vista à obtenção do visto desta entidade que "é necessário para a obra poder avançar".

"A obra não pode avançar sem o visto do Tribunal de Contas", sublinhou, referindo que espera que a empreitada, que foi adjudicada em outubro de 2019 e vai implicar um investimento de 1.689.679 euros, comece "o mais tardar no início do segundo semestre" deste ano.

Em declarações à Lusa, o presidente da Câmara de Vidigueira, Rui Raposo, congratulou-se com a autorização do Governo, frisando que a construção do novo centro de saúde é "uma revindicação da população e do município".

A autorização "é uma boa notícia e finalmente vai avançar a construção de um projeto há muito falado e esperado pela população e pelo município para melhorar as condições de prestação de cuidados de saúde no concelho", disse o autarca.

Rui Raposo lembrou que o município cedeu o terreno e tem colaborado com a ULSBA no desenvolvimento do projeto para construção do novo centro de saúde.

Segundo a ARS, o novo Centro de Saúde de Vidigueira vai ser construído num terreno com cerca de mil metros quadrados e ter 17 gabinetes, sendo oito médicos, seis de enfermagem e três para outros fins.

Além de serviços de saúde pública, o novo equipamento irá disponibilizar consultas de psicologia, nutrição e saúde materna, cuidados de fisioterapia e saúde oral e serviço social.