Em Braga, na abertura do VI Congresso dos Enfermeiros, Ana Rita Cavaco destacou a quantidade de denúncias e queixas que chegam à Ordem sobre a forma como os “gestores de topo” tratam aqueles profissionais.
“Vejo muitos déspotas na liderança das instituições, que apoucam e humilham os enfermeiros e agem com base na ameaça (…). A vossa fatura há de chegar, no que depender de mim, até ao final do meu mandato”, referiu.
Para Ana Rita Cavaco, aqueles gestores “têm de ir embora”, porque não têm condições para gerir nada”.
“Quando muito, o condomínio lá de casa, mas uma instituição de saúde não”, vincou.
Disse que esta tem sido uma luta da Ordem nos últimos seis anos e assim continuará a ser até ao final do seu mandato.
“Muitos deles [gestores] já pagaram essa fatura, sendo sancionados pelo seu órgão regulador e disciplinar e assim deve ser sempre”, acrescentou a bastonária.
De resto, Ana Rita Cavaco disse que esta é uma das causas que levam os enfermeiros a abandonar o Serviço Nacional de Saúde.
Para a bastonária, faltarão, atualmente, cerca de 30 mil enfermeiros destacou no sistema nacional de saúde, entre público, privado e setor social.
“Esta é a principal questão, neste momento”, referiu.
Apontou ainda os “baixos” salários, a idade da reforma, as horas a mais e a valorização das carreiras como outros problemas que afligem a enfermagem em Portugal.
O VI Congresso, que decorre até sábado, é o “maior de sempre”, contando com cerca de 1.500 inscritos.
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