A estirpe indiana, cientificamente conhecida como B.1.617 e classificada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como “preocupação global”, foi identificada em seis dos 24 tripulantes de uma embarcação chamada ‘Zhi Shandong’, de acordo com os primeiros resultados dos testes realizados pela autoridade sanitária brasileira.
De acordo com declarações do secretário de Saúde do Maranhão, Carlos Lula, um dos tripulantes infetados permanece internado num hospital privado de São Luís e a sua situação é estável.
Outros 14 tripulantes com covid-19 permanecem no barco – dois deles com sintomas leves e 12 assintomáticos – e outros 9 tripulantes registaram testes negativos.
Os casos de infeções com a estirpe indiana podem ser maiores já que cerca de uma centena de pessoas tiveram contacto com a tripulação do navio que testou positivo.
Carlos Lula destacou que os testes correspondentes serão feitos em todas estas pessoas, que serão monitoradas e, se necessário, isoladas para evitar a disseminação da estirpe indiana.
O navio ‘Zhi Shandong’ veio da África do Sul e foi contratado pela mineradora brasileira Vale para entregar minério de ferro a cidade de São Luís.
A embarcação permanece ancorada na costa do Maranhão e todos os tripulantes estão isolados e acompanhados por profissionais de saúde.
Os alertas sobre uma possível chegada da variante indiana ao Brasil começaram no dia 15, quando um homem de 54 anos, de nacionalidade indiana, foi internado num hospital em São Luís com sintomas de covid-19.
O caso foi registado poucas horas depois que o Brasil proibiu a entrada de passageiros estrangeiros da Índia.
O Brasil ocupa o terceiro lugar no mundo em número de positivos para covid-19, com 15,8 milhões de infetados e 441.691 mortos pelo coronavírus. Com 287.122 óbitos desde o início da pandemia, a Índia é o terceiro país com mais mortes provocadas pelo novo coronavírus, a seguir aos Estados Unidos e Brasil.
A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 3.419.488 mortos no mundo, resultantes de mais de 164,8 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
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