Uma das maiores estrelas de Hollywood, Bruce Willis, conhecido por filmes como “Duro de matar” e “O sexto sentido”, foi diagnosticado com demência frontotemporal, uma doença degenerativa sem cura que afeta a memória, o pensamento e a atenção.
Em 2022, o ator já tinha sido afastado, até então temporariamente, da sua carreira para tratar a afasia, doença que afeta a compreensão de sons e imagens, comunicação e verbalização, com a qual havia sido diagnosticado.
De acordo com o doutorado em neurociências Fabiano de Abreu, a afasia já era um sinal de que o ator poderia estar a sofrer de algo mais grave.
"A afasia progressiva primária é, na verdade, um tipo de demência frontotemporal, formada por alguns distúrbios que afetam os lobos frontais ou temporais do cérebro, o que faz com que o seu diagnóstico inicial fosse um sinal de alerta para a presença de condições mais graves visto que a afasia pode ter uma melhora significativa com o tratamento", diz Fabiano de Abreu.
"Já a demência frontotemporal é progressiva e não tem cura nem tratamentos que a retardem", actescentou.
"A demência frontotemporal afeta normalmente indivíduos entre 45 e 65 anos e apresenta alguns sintomas como alterações de personalidade, dificuldades em comunicar, torna a pessoa mais distraída e com menor capacidade de reter informações, em alguns casos também pode causar rigidez nos movimentos ou perda no controlo da bexiga", explica.
"É interessante observar que mesmo o Bruce Willis sendo uma pessoa que passou grande parte da vida exercitando a neuroplasticidade cerebral através da leitura e memorização de roteiros passe por isto mas existem outros fatores que podem desencadear essa situação, como o alcoolismo, com o qual o ator lutou, ou até mesmo fatores genéticos", conclui.
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