Vídeos que circularam nas redes sociais mostraram o caos em pelo menos um dos centros de testagem, com os funcionários a serem incapazes de impor o controlo ou distanciamento exigido nestes locais.

“Embora o teste de ácido nucleico a cada dois dias possa reduzir o risco de transmissão no local de trabalho, (…) a sua realização causa aglomeração de pessoas nos postos de teste, situação que não é condizente nem favorável ao combate epidémico”, justificaram as autoridades, em comunicado.

“Para as pessoas que fizeram filas esta manhã, muitas delas devem ter ficado furiosas ou tristes e peço desculpa pela situação que aconteceu”, disse hoje, numa conferência de imprensa, a chefe da Divisão de Prevenção e Controlo de Doenças Transmissíveis dos Serviços de Saúde, Leong Iek Hou.

Os trabalhadores ficaram, contudo, obrigados a realizar testes rápidos antigénio para poderem trabalhar.

Hoje também, as autoridades exigiram à população mais dois dias de testes, uma aposta de testagem diária à covid-19 para combater o surto local e uma opção que segue a política de “casos zero” definida por Pequim.

Desde 20 de junho que a população de mais de 680 mil pessoas foi obrigada a realizar três testes de ácido nucleico, uma medida de prevenção que foi reforçada com a obrigatoriedade de efetuar testes rápidos antigénio em casa, que têm de ser declarados numa plataforma ‘online’, sob pena de as pessoas enfrentarem restrições de mobilidade no território em caso de desobediência.

Com quase 600 casos detetados numa semana e meia, as autoridades voltam a exigir à população que efetue testes antigénio em casa na sexta-feira e no sábado, o que já tinha acontecido nos dois dias anteriores.

De resto, a realização de testes antigénio tem sido obrigatória mesmo antes das pessoas se dirigirem aos centros onde foram efetuadas as duas últimas testagens massivas à população.

Dezenas de zonas na cidade estão isoladas, com as pessoas a não poderem sair de casa, e milhares de pessoas foram encaminhadas para quarentena em hotéis.

Com a aproximação de uma tempestade, a entrega de carne e vegetais foi inclusivamente antecipada nesses edifícios, precavendo a impossibilidade dos serviços entregarem mantimentos nos próximos dias.

O território decretou em 19 de junho estado de prevenção imediata, antecipou o final do ano letivo e suspendeu, total ou parcialmente, serviços e comércios.