A greve, que abrange os períodos da manhã e da tarde, foi decidida em plenário de trabalhadores, que consideram fundamental a criação de condições de trabalho de forma a “atrair e fixar enfermeiros e dar resposta” ao que consideram serem as necessidades do HVFX.
“As principais reivindicações que os enfermeiros têm é a contratação [de mais profissionais], porque têm horários violentos, muitas horas extraordinárias, muitos doentes a seu cargo, muitos feriados em dívida e precisam de descanso, de tempo para a família, como toda a gente”, sublinhou à Lusa Isabel Barbosa, do SEP.
De acordo com a dirigente sindical, os enfermeiros no HVFX pretendem também melhores condições de trabalho e a valorização das carreiras, “nomeadamente todos os pontos para efeitos de progressão”.
“Ou seja, que todos os anos de serviço sejam contabilizados para progressão e que sejam valorizadas as competências acrescidas, nomeadamente no caso dos enfermeiros especialistas, que não transitaram automaticamente para a categoria de especialista”, acrescentou.
Isabel Barbosa destacou que “infelizmente os enfermeiros não têm sido devidamente reconhecidos e há problemas que se vivem em Vila Franca que são transversais à profissão”.
“Os enfermeiros estão insatisfeitos com uma carreira que não os valoriza, com salários que são insuficientes, com especialidades não reconhecidas, com competências e anos não reconhecidos, com excesso de horas, com degradação dos serviços, falta de material, e isso só pode ser resolvido através de investimentos no Serviço Nacional de Saúde e valorização dos seus profissionais”, realçou.
De acordo com a sindicalista, caso não sejam obtidas respostas a estas reivindicações, os enfermeiros do HVFX continuarão “a fazer todas as ações necessárias”.
O Hospital de Vila Franca de Xira tem cerca de 500 enfermeiros, segundo o SEP.
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