De acordo com a norma atualizada da DGS, esta recomendação é idêntica seja qual for a vacina que a pessoa tomou, mas “não é aplicável às pessoas que recuperaram de infeção por SARS-CoV-2”.
A norma explica que a dose de reforço está recomendada para os residentes e utentes de lares, instituições similares e da rede de cuidados continuados integrados, pessoas com 80 ou mais anos de idade e pessoas com 65 ou mais anos.
Contudo, na quarta-feira, secretário de Estado Adjunto e da Saúde anunciou que será iniciado “muito em breve” o reforço de vacinação dos profissionais de saúde e do setor social com a terceira dose da vacina contra a covid-19.
O governante explicou que “não tinha sido publicitada” esta ação porque do ponto de vista operacional e logístico “é sempre um processo complexo”, mas assegurou que até ao final da semana será divulgada uma orientação.
Na norma hoje atualizada, a DGS lembra que “se o esquema vacinal primário tiver sido realizado com uma vacina de mRNA, a dose de reforço deverá ser da mesma marca”.
Tanto as vacinas da Pfizer como da Moderna são de RNA mensageiro (mRNA) que codifica para a proteína S (“spike”) do vírus SARS-CoV-2.
A DGS sublinha que o plano de vacinação contra a covid-19 “assenta em valores de universalidade, gratuitidade, aceitabilidade e exequibilidade” e tem como objetivos de saúde pública salvar vidas, através da redução da mortalidade, dos internamentos e dos surtos, sobretudo nas populações mais vulneráveis; preservar a resiliência do sistema de saúde, do sistema de resposta à pandemia e do Estado e mitigar o impacte económico e social da pandemia.
Foram ainda atualizadas duas outras normas referentes às vacinas da Moderna e da Pfizer. Para a da Moderna (Spikevax), a DGS aponta os 12 anos como idade mínima, com intervalo recomendado de 28 dias. A da Pfizer (Comirnaty) também foi aprovada na União Europeia para prevenção da covid-19 em pessoas com idade igual ou superior a 12 anos e o intervalo entre as duas doses primárias é de 21 a 28 dias.
A covid-19 provocou pelo menos 5.012.784 mortes em todo o mundo, entre mais de 247,54 milhões infeções pelo novo coronavírus registadas desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.
Em Portugal, desde março de 2020, morreram 18.180 pessoas e foram contabilizados 1.092.666 casos de infeção, segundo dados da DGS.
A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China, e atualmente com variantes identificadas em vários países.
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