Portugal regista esta quarta-feira mais 4.153 casos de COVID-19 e nove óbitos associados à doença, segundo o último relatório da Direção-Geral da Saúde (DGS) divulgado hoje. No boletim epidemiológico de hoje, verifica-se que o número de novos casos não era tão alto desde 10 de fevereiro, quando se registaram 4.387 infeções.

Desde o início da pandemia, morreram 17.182 pessoas com esta patologia em território nacional e foram identificados 916.559 casos de infeção pelo vírus SARS-CoV-2.

De acordo com o último relatório oficial, registaram-se mais 2.235 casos de recuperação. Ao todo há 852.269 doentes recuperados da doença em Portugal desde março de 2020.

A região de Lisboa e Vale do Tejo, com 1.928 novos infetados, é a área do país com mais novas notificações, com 46,4% do total de diagnósticos.

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O relatório da situação epidemiológica, com dados atualizados até às 24h00 de ontem, indica que a região de Lisboa e Vale do Tejo é a que regista o maior número de mortes acumuladas relacionadas com o vírus SARS-CoV-2 com 7.321 (+7), seguida do Norte com 5.377 óbitos (=), Centro (3.034, +2) e Alentejo (976, =). Pelo menos 370 (=) mortos foram registadas no Algarve.

Há 34 (=) mortes contabilizadas nos Açores. Na Madeira registam-se 70 óbitos (=) associados à doença.

Internamentos a descer

Em todo o território nacional, há 734 doentes internados, menos oito do que ontem, e 171 em unidades de cuidados intensivos (UCI), mais 10 do que na terça-feira.

De acordo com o boletim da DGS sobre a situação epidemiológica, existem 47.108 casos ativos da infeção em Portugal — mais 1.909 que ontem — e 77.682 pessoas em vigilância pelas autoridades — mais 1.322 que no dia anterior.

Imagem do boletim da DGS
Imagem do boletim da DGS

A região de Lisboa e Vale do Tejo é a área do país com maior número de infeções acumuladas, com 358.162 (+1.928), seguida da região Norte (356.182, +1.305), da região Centro (125.267, +316), do Alentejo (31.980, +102) e do Algarve (28.205, +441).

Nos Açores existem 6.640 casos contabilizados (+42) e na Madeira 10.123 (+19).

O que nos diz a matriz de risco?

Portugal apresenta uma incidência de 336,3 casos de infeção por SARS-CoV-2/COVID-19 por cada 100.000 habitantes - superior aos 315,6 casos de há dois dias - e um índice médio de transmissibilidade R(t) nacional de 1,14, inferior aos 1,16 de segunda-feira.

No território continental, o R(t) está nos 1,15. A DGS atualiza estes dados à segundas, quartas e sexta-feiras.

Matriz de risco da DGS
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Faixas etárias mais atingidas

O maior número de óbitos concentra-se entre as pessoas com mais de 80 anos, com 11.262 (+4) registadas desde o início da pandemia, seguidas das que tinham entre 70 e 79 anos (3.678, +3), entre 60 e 69 anos (1.549, +1) entre 50 e 59 anos (476, +1), 40 e 49 anos (156, =) e entre 30 e 39 anos (45, =). Há ainda 12 mortes registadas entre os 20 e os 29 anos (=), duas entre os 10 e os 19 anos (=) e duas entre os 0 e os 9 anos (=).

Os dados indicam que, do total das vítimas mortais, 9.023 são do sexo masculino e 8.159 do feminino.

A faixa etária entre os 40 e os 49 anos é a que tem maior incidência de casos, contabilizando-se um total de 152.077 casos (+637), seguida da faixa etária dos 20 aos 29 anos, com 137.766 infeções (+1.093), e da faixa etária dos 30 aos 39 anos, com 134.369 (+743). Logo depois surge a faixa etária entre os 50 e os 59 anos, com 132.184 casos (+291) infeções reportadas. A faixa etária entre os 60 e os 69 anos soma 90.147 (+182) e entre os 10 e os 19 anos tem 88.482 (+594) casos.

Desde o início da pandemia, houve 419.083 homens infetados e 496.877 mulheres, sendo que se desconhece o género de 599 pessoas.

Vídeo - Como ocorrem as mutações de um vírus e porquê?

Recomendações da Direção-Geral da Saúde (DGS)

  • Caso apresente sintomas de doença respiratória, as autoridades aconselham a que contacte a Saúde 24 (808 24 24 24). Caso se dirija a uma unidade de saúde deve informar de imediato o segurança ou o administrativo.
  • Evitar o contacto próximo com pessoas que sofram de infeções respiratórias agudas; evitar o contacto próximo com quem tem febre ou tosse;
  • Lavar frequentemente as mãos, especialmente após contacto direto com pessoas doentes, com detergente, sabão ou soluções à base de álcool;
  • Lavar as mãos sempre que se assoar, espirrar ou tossir;
  • Evitar o contacto direito com animais vivos em mercados de áreas afetadas por surtos;
  • Adotar medidas de etiqueta respiratória: tapar o nariz e boca quando espirrar ou tossir (com lenço de papel ou com o braço, nunca com as mãos; deitar o lenço de papel no lixo);
  • Seguir as recomendações das autoridades de saúde do país onde se encontra.

A COVID-19, causada pelo coronavírus SARS-CoV-2, é uma infeção respiratória aguda que pode desencadear uma pneumonia.

A doença é transmitida por um novo vírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

Balanço mundial

A pandemia de COVID-19 regista mais de 187.202.030 infeções no mundo desde que a doença foi identificada em dezembro de 2019 na China, segundo um balanço da agência France-Presse de hoje. Pelo menos 4.044.816 pessoas morreram no mesmo período após terem sido infetadas com o novo coronavírus. A grande maioria dos doentes recupera, mas uma parte ainda mal avaliada continua com sintomas durante semanas ou até meses.

Nas últimas 24 horas foram registados 6.764 mortos e 428.967 casos em todo o mundo. Os países com maior número de mortos foram a Índia, com 2.020 óbitos, a Indonésia (864) e a Rússia (780).

Os Estados Unidos são o país mais afetado em termos de mortes e casos, com 607.400 mortes em 33.888.739 casos, de acordo com a contagem realizada pela Universidade Johns Hopkins. Depois dos Estados Unidos, os países mais afetados são o Brasil, com 534.233 mortos e 19.106.971 infetados, a Índia, com 410.784 mortes (30.907.282 casos), o México, com 235.058 óbitos (2.5593.574 casos) e o Peru, com 194.488 óbitos (2.081.577 infetados).

Entre os países mais atingidos, o Peru é o que apresenta o maior número de mortes em relação à sua população, com 590 mortes por cada 100.000 habitantes, seguido da Hungria (311), da Bósnia (295), da República Checa (283) e da Macedónia do Norte (263).

A América Latina e as Caraíbas totalizavam hoje, às 10:00 TMG, 1.313.522 mortes em 38.844.207 casos, a Europa, 1.181.622 mortes (55.617.410 casos), os Estados Unidos e Canadá 633.838 mortos (35.309.615 infetados), a Ásia 608.568 mortes (41.677.677 casos), o Médio Oriente 153.674 mortos (9.707.046 casos), a África 153.418 mortes (5.986.688 infetados) e a Oceânia 1.174 mortes (62.395 casos).

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