“Logo que rececionado o email [do presidente do conselho de administração do CHTS], de imediato o mesmo foi reencaminhado para todos os diretores executivos dos Agrupamentos de Centros de Saúde da Região, apelando a uma resposta célere”, referiu à Lusa fonte da ARS-N.
Em causa está uma mensagem de correio eletrónico com data de segunda-feira remetida pelo presidente do conselho de administração do CHTS, Carlos Alberto Silva, à direção da ARS-N, pedindo “ajuda” perante o internamento de 210 doentes covid-19, dos quais 10 em cuidados intensivos.
“Já tenho 30 internados na urgência outra vez e hoje é segunda-feira, dia particularmente difícil. Se tiverem médicos de clínica geral que possam vir fazer urgência era bom porque tivemos aqui alguns positivos que fragilizaram as escalas. Está complicado”, lê-se no ‘email’ de Carlos Alberto Silva, ao qual a Lusa teve hoje acesso.
Hoje o CHTS conta com 235 internados, dos quais 11 internados em cuidados intensivos.
Nas últimas semanas, a região do Tâmega e Sousa sido alvo de preocupações devido ao aumento de casos de infeção pelo novo coronavírus.
Com unidades em Penafiel e em Amarante, o CHTS presta apoio a cerca de 520 mil pessoas de uma região que inclui Paços de Ferreira, Lousada e Felgueiras, concelhos onde vigora o dever de permanência no domicílio desde 22 de outubro, medida que foi alargada sábado a um total de 121 municípios do país.
Numa reportagem de quinta-feira publicada pelo Expresso leem-se relatos de médicos que apontam para a “rutura do hospital”: Sentimo-nos em Itália mas sem que seja reconhecido isso. É como se as paredes não permitissem que se visse para dentro”, referiu uma das profissionais.
Na segunda-feira, fonte deste hospital confirmou à Lusa que o CHTS transferiu “cerca de 50” doentes covid-19 para outros hospitais da região e que 30 foram encaminhados doentes de Penafiel para Amarante.
A mesma fonte indicou à Lusa que o CHTS contabiliza “mais de 100” profissionais de saúde de todos os grupos profissionais, desde médicos a enfermeiros e assistentes operacionais, “infetados ou em isolamento profilático”.
A pandemia de covid-19 já provocou mais de 1,2 milhões de mortos no mundo desde dezembro do ano passado, incluindo 2.590 em Portugal.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
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