Cotrim de Figueiredo, em declarações aos jornalistas nos Passos Perdidos do parlamento, afirmou que “há uma noção de falta de urgência, de improviso, em relação a esta matéria que choca muito registar”.

“Más notícias: aparecem no dia 08 de março, quando se presume que o Governo vá anunciar dia 11 aquilo que se passará ainda esta semana e na próxima, sempre em cima do joelho, e aparecem quatro planos de desconfinamento, não um, mas quatro e que não são totalmente compatíveis entre si – alguns deles com aspetos preocupantes relativamente ao caráter restritivo das medidas, durante demasiado tempo”, condenou.

O deputado único dos liberais questionou: “por que é que estamos, mais uma vez, à última hora, sem preparação e em cima do joelho, a fazer isto?”.

“Não ficámos com nenhum plano de testes que possa acompanhar o plano de desconfinamento e, se assim for, não há suficiente segurança para as pessoas poderem aderir”, criticou ainda, sublinhando igualmente a falta de dados no encontro de hoje sobre o plano de vacinação uma vez que o coordenador, vice-almirante Gouveia e Melo, não participou na reunião.

Portugal registou hoje 25 mortes relacionadas com a covid-19 e 365 novos casos de infeção com o novo coronavírus, o valor mais baixo desde 07 de setembro, segundo a Direção-Geral da Saúde (DGS).

A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 2.593.872 mortos no mundo, resultantes de mais de 116,7 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

Em Portugal, morreram 16.565 pessoas dos 810.459 casos de infeção confirmados, desde março de 2020.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.