“Senhor primeiro-ministro, está na hora de levar a matriz de risco de novo aos especialistas, para que seja afinada, para que essa matriz de risco possa incorporar os dados da vacinação, para que as medidas que são adotadas não sejam desproporcionais e não matem a nossa economia, por serem verdadeiramente desadequadas, face ao risco real da doença no nosso país”, disse.

“Se continuarmos a tomar medidas por culpa dos erros do Governo, da sua falta de planeamento, da sua má comunicação, da sua falta de habilidade em assegurar que as regras são cumpridas, nós estaremos a matar a nossa economia, a lançar ainda mais prejuízo sobre os nossos empresários, vamos ter uma queda do PIB, um aumento da nossa dívida. E isto trará mais insolvências e mais desemprego em Portugal”, acrescentou.

Antes, o líder do CDS-PP reiterou as críticas que tem vindo a fazer a alegadas “incoerências”, nas declarações proferidas nos últimos dias pelo Presidente da República e pelo Presidente da Assembleia da República e nas medidas do Governo para travar a pandemia.

Francisco Rodrigues dos Santos, que falava na apresentação da candidatura do CDS-PP às Câmara Municipal de Setúbal, liderada pelo independente Pedro Conceição, que promete fazer do concelho de Setúbal o terceiro mais próspero do país, defendeu que os partidos políticos também têm de ter uma atitude mais responsável no que respeita à pandemia.

“É muito importante que todos nós tenhamos uma palavra clara a dizer às pessoas, que os partidos tenham atitudes responsáveis e que não organizem arraiais, que não estejam constantemente a furar as regras para seu proveito, dando um mau exemplo e um mau sinal aos portugueses, e que o CDS em cada terra cumpra as regras, passe a mensagem aos portugueses e deixe um sinal de esperança”, disse o dirigente do CDS-PP.

Para Francisco Rodrigues dos Santos, as candidaturas do CDS-PP no distrito e na cidade de Setúbal também devem constituir sinal de esperança para as populações.

“Não perguntem às pessoas de onde vêm, perguntem-lhes para onde querem ir, se querem Setúbal com mais liberdade, com mais desenvolvimento económico, com mais igualdade de oportunidades, com mais apoio aos mais desfavorecidos, um distrito que cresça, com a sua capital pujante e que aqui as famílias tenham todas as condições para cumprir o seu projeto de vida”, disse.

E se for esse o desejo da população de Setúbal, acrescentou o líder do CDS-PP: “Então há uma direita popular capaz de lhes oferecer este caminho de futuro - aberto a independentes e a simpatizantes -, que está aqui nascer e que, se me permitem, é a candidatura mais forte para derrotar a hegemonia o Partido Comunista Português [em Setúbal]”.