O número de novos infetados representa “menos 24% do que na semana passada”, alegou o gabinete de crise criado para gerir a emergência de saúde na capital russa.
De acordo com as autoridades da capital russa, o número de pessoas infetadas com o novo coronavírus continua a descer, o que permite suspender a maioria das restrições impostas para interromper os contágios da pandemia.
“Em comparação à semana de 08 a 14 de junho, os novos casos registados baixaram 10%, sendo que, em 20 de junho, pela primeira vez em dois meses e meio, foram detetados menos de mil novos doentes”, escreveu, no seu blogue, o presidente da câmara de Moscovo, Sergey Sobianin.
Entre as empresas que reabrem portas hoje contam-se os jardins de infância e a agências de viagens, estando estas últimas ligadas à reabertura gradual das regiões e à temporada de viagens, segundo acrescentou Sobianin, lembrando, no entanto, que as excursões em Moscovo ainda não são permitidas.
Também as bibliotecas e piscinas, assim como o Parque Zariadie, perto do Kremlin, foram reabertos hoje, além de serem retomadas as viagens de barco no rio Moscovo.
“Todos os dias e todas as semanas, observamos e analisamos a situação do coronavírus em detalhe”, garantiu Sobianin, alertando que as restrições podem regressar se a situação epidemiológica piorar.
O responsável também avisou, na semana passada, que o teletrabalho ainda é recomendado na capital durante mais “um mês ou dois”.
O número de hospitalizações por covid-19 na cidade, apesar de ter registado uma queda, ainda é de cerca de 500 casos por dia, segundo as autoridades.
Há uma semana, a capital russa, principal foco da pandemia do novo coronavírus no país, acelerou o fim do confinamento, com a reabertura de esplanadas, museus e jardins zoológicos, entre outros negócios.
Já na altura, muitos especialistas expressaram preocupação com o levantamento das restrições sanitárias em Moscovo, poucos dias antes da parada militar de 24 de junho e da votação – marcada para a próxima semana - de emendas constitucionais que permitirão ao Presidente, Vladimir Putin, permanecer no poder após 2024.
Segundo uma sondagem, a grande maioria dos habitantes da capital assegurou que vai evitar as comemorações do 75.º aniversário da vitória soviética sobre a Alemanha nazi, recomendação que, aliás, foi expressa pelas autoridades da cidade.
Atualmente, a Rússia regista 599.705 casos de covid-19, mais 7.425 do que na segunda-feira, e 8.359 mortes causadas pela doença, depois de adicionar 153 mortes nas últimas 24 horas.
A nível global, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 472 mil mortos e infetou mais de 9,1 milhões de pessoas, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
Depois de a Europa ter sucedido à China como centro da pandemia em fevereiro, o continente americano é agora o que tem mais casos confirmados e mais mortes.
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