“Decidimos fechar o parque, mas já recebemos a ordem de encerramento, para rastrearmos todos os funcionários que estão nos bares, restaurante e no supermercado que possam ter tido algum contacto com pessoas infetadas, que possivelmente andaram pelos serviços”, explicou à agência Lusa Catarina Gomes, proprietária do parque de campismo da Galé, no concelho de Grândola, distrito de Setúbal.
O grupo de jovens, entre os 15 e 20 anos, e alguns pais, oriundos dos distritos de Lisboa e Setúbal, ocuparam equipamentos permanentes e terão decidido “reunir-se, sem autorização e sem nos consultarem, numa das casas”, relatou a responsável.
“Essas pessoas são proprietárias de casas pré-fabricadas ou de 'roulottes', com espaço permanente no parque. São jovens que frequentam a mesma escola, em Setúbal, e lidam entre eles diariamente. Com certeza alguns já vieram infetados e quando se reuniram com outras pessoas deu-se a proliferação”, frisou.
O grupo de pessoas, que a proprietária não soube contabilizar, “esteve reunido, durante uma tarde, numa das casas, no aniversário de uma das jovens”, em meados deste mês.
Desde essa altura, o parque manteve-se em funcionamento e, “quando tivemos conhecimento da situação, apertámos um bocadinho mais o cerco em termos de medidas, mas depois para termos a certeza que aqui no parque não existem colegas que possam estar a transmitir aos outros, decidimos encerrar”, explicou.
Numa primeira fase, frisou, vai ser feita despistagem a todos os funcionários, "quando as autoridades reunirem as condições para isso, porque é um processo que tem o seu protocolo”.
Portugal contabiliza pelo menos 1.543 mortos associados à covid-19 em 40.104 casos confirmados de infeção, segundo o último boletim da Direção-Geral da Saúde (DGS).
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