“Esta é a primeira vez que esta variante é diagnosticada em Macau e revela que a potencial ameaça da infeção pelo novo tipo de coronavírus sempre existiu e é bem real” no território, alertou o Centro de Coordenação de Contingência do Novo Tipo de Coronavírus, em comunicado.
O doente do 51º caso estava infetado com o SARS-CoV-2 após a vacinação, o que se pode dever a “não ter produzido anticorpos suficientes, pois não concluiu o período mínimo de 14 dias, após a vacinação”, indicou.
Por outro lado, as autoridades destacaram “um certo grau de proteção” conferido pela vacina, dado que se trata de um caso assintomático.
A “vacina pode prevenir eficazmente a pneumonia causada pelo novo tipo de coronavírus. Embora a infeção não possa ser totalmente evitada, a vacina pode reduzir significativamente o risco de doenças graves ou morte”, sublinharam as autoridades de Saúde de Macau, reiterando o apelo a todos os residentes para que se vacinem “o mais rapidamente possível”, para construir uma barreira imunológica de proteção para os próprios e famílias.
De acordo com a mesma nota, a taxa de vacinação em Macau “é ainda relativamente baixa”, advertindo que caso a variante com origem na Índia, detetada pela primeira vez em dezembro passado, “tivesse entrado na comunidade as consequências seriam muito graves em caso de surto de pandemia”.
Os residentes devem estar vacinados antes da ocorrência de um surto, sublinhou.
“Mesmo que tenham sido vacinadas, as pessoas devem evitar deslocar-se às áreas de alto risco. Em caso de necessidade só devem deslocar-se a essas áreas decorridos 14 dias após a vacinação para que o corpo desenvolva imunidade suficiente para reduzir a risco de infeção”, adiantou.
As autoridades de Macau lembraram que atualmente existem casos locais em algumas zonas na China e “surtos repentinos” em alguns lugares onde a doença “estava bem controlada” até aqui.
Na segunda-feira, as autoridades disseram que o 51.º caso importado assintomático da covid-19, detetado num homem de 39 anos, tinha já recebido as duas doses da vacina da Sinopharm contra a covid-19, entre 11 de fevereiro e 11 de março.
Entre 15 de março e 19 de maio, o indivíduo viajou de Hong Kong para o Nepal, depois da Turquia para França e depois para Taiwan.
Os últimos casos importados assintomáticos da covid-19 foram detetados em 16 de maio e em 07 de março.
Macau, que diagnosticou o primeiro caso de covid-19 no final de janeiro de 2020, contabilizou até agora 51 casos, não tendo registado nenhuma morte devido à doença.
Até agora, 98.911 foram já vacinadas, 40.074 com a primeira dose e 58.837 com as duas doses, indicaram os
A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 3.487.457 mortos no mundo, resultantes de mais de 167,7 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
Em Portugal, morreram 17.022 pessoas dos 846.434 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
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