Em declarações aos jornalistas na sede nacional do PSD, no final de uma audiência com o Presidente da República por videoconferência, Rui Rio considerou que essa é uma tarefa “urgente”.
“Para fazer um plano, hoje já é tarde”, alertou.
O líder social-democrata salientou que o importante não é definir qual é “o dia, mês ou semana” em que se inicia o desconfinamento, mas quais os critérios que o país tem de atingir para o fazer, em número de casos, de internados em enfermaria e cuidados intensivos e no índice de transmissão.
Rui Rio defendeu que o Governo já dispõe, hoje, de dados suficientes para definir esse plano e, questionado porque não o tem ou não o apresenta, atribuiu-o a incapacidade.
“Posso-me deitar a adivinhar e direi que é por incapacidade, se eu fosse primeiro-ministro não concebo estar numa situação destas e não ter objetivos definidos e não saber para onde estou a caminhar”, afirmou.
Questionado se tem expectativas que esse plano possa ser apresentado em breve, Rio respondeu afirmativamente.
“Tenho a expectativa porque, através desta pressão que nós estamos a fazer, que admito que outros estejam a fazer, e que o próprio Presidente da República faça, o Governo vai acabar por ter de mostrar um planeamento”, defendeu.
Ainda assim, o voto favorável do PSD à renovação do estado de emergência na quinta-feira não está em causa.
“O estado de emergência não são as medidas que o Governo toma, é o quadro legal de que necessita, tenho é de pressionar o Governo para as tomar e não tirar esse instrumento básico”, disse.
O líder do PSD defendeu ainda que, se os indicadores da epidemia se inverterem e se quebrar a tendência positiva dos últimos dias, o Governo deve ponderar um desconfinamento diferenciado por distritos ou até concelhos, admitindo que até as escolas possam abrir em momentos diferentes pelo país.
“Se puder rapidamente despenalizar os jovens de Évora e de Beja, porque não o devo fazer?”, questionou.
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