“Mais vale pequenos passos, mas seguros, do que correr o risco de repetir erros do passado, como foi o exemplo das permissões no Natal, que agravaram irremediavelmente a situação da covid-19, com muitas perdas de vidas humanas e sacrifícios enormes para todos e, em particular, para os profissionais de saúde”, afirmou Carlos Ramalho, citado num comunicado do sindicato.
Sublinhando a importância de um desconfinamento “cauteloso, gradual e sustentado nas evidências (provas) científicas suportadas pelos conhecimentos mais recentes” sobre a doença, Carlos Ramalho lembrou também que um eventual retrocesso no desconfinamento devido ao recrudescimento da pandemia vai recair sobre os enfermeiros.
“Sabemos que, se a situação voltar a agravar-se, vão ser os profissionais de saúde e, em particular, os enfermeiros, quem vai ter a sua vida mais complicada”, refere o dirigente sindical na nota.
O presidente do SINDEPOR apela também para o cumprimento sem falhas do plano de vacinação contra a covid-19 e dos programas de testagem massiva previstos em diversos setores de atividade, bem como para a continuação do respeito pelas medidas de proteção e segurança individual recomendadas pela Direção-Geral da Saúde.
O plano de desconfinamento foi anunciado na quinta-feira pelo primeiro-ministro, António Costa, na sequência da sua aprovação em Conselho de Ministros, e prevê uma retoma gradual da atividade a partir de segunda-feira.
Outras restrições serão retiradas após os dias 05 e 19 de abril e 03 de maio, desde que se cumpram os parâmetros de controlo da pandemia, traduzidos num índice de transmissibilidade (R) abaixo de 1 e numa incidência até 120 novos casos de covid-19 por 100 mil habitantes a 14 dias.
Em Portugal, morreram 16.635 pessoas dos 812.575 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.
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