Em comunicado, a SPA destaca que o CEiiA “decidiu aplicar as suas competências e funcionamento em rede para ajudar no combate à pandemia” e, em parceria com a Escola de Medicina da Universidade do Minho, “realizou o feito notável e único de, em apenas 45 dias, desenvolver, produzir e testar um ventilador pulmonar com o intuito de salvar vidas a nível global – o ventilador Atena, que atualmente já está a ser exportado”.
O projeto esteve a cargo de uma equipa de “120 engenheiros e vários médicos e investigadores” e contou com a colaboração “de instituições médicas, com a indústria e especialistas de diversas áreas, incluindo intensivistas, pneumologistas, anestesistas e internistas de hospitais públicos e privados”.
A SPA lembra que “decidiu instituir um Prémio de Criatividade Tecnológica para premiar investigadores ou projetos que se distinguissem no combate à pandemia [de covid-19] e à sua expansão”.
“Verificou-se dificuldade na seleção do vencedor, de tal forma surgiram ao longo destes meses soluções inovadoras merecedoras da inovadora distinção”, descreve a SPA.
Após ponderação, o prémio foi “atribuído ‘ex aequo’ ao CEiiA e à Universidade do Minho/Escola de Medicina”.
Para a SPA, estas duas instituições “simbolizam o avanço científico e tecnológico, assim como o espírito empreendedor e de solidariedade de que Portugal se pode orgulhar e que os autores portugueses aplaudem com gosto e satisfação”.
A cooperativa dos autores portugueses entregará o prémio “em momento oportuno, até ao final do ano e assim que as condições de saúde o permitirem”.
A SPA refere ainda que o CEiiA, fundado em 1999, “é um projeto inovador que, desde o início, congregou à sua volta empresas, Universidades e Centros de Inovação, com um forte envolvimento de entidades públicas”.
“É o maior empregador em Portugal de engenharias aeroespaciais, tem tido um papel muito dinâmico nas áreas da conceção de peças para aviões, carros e bicicletas elétricas, com uma abordagem sempre distinta”, acrescenta.
Citado pela SPA, José Rui Felizardo, CEO do CEiiA, classifica o prémio como “um estímulo para continuar a desenvolver e produzir novos produtos pensados a partir de Portugal.
De acordo com o CEO, o galardão constitui “também um desafio à capacidade de, em colaboração com médicos, investigadores e industriais, continuarmos a “engenharizar” a criatividade na área das ciências da saúde”.
A pandemia de COVID-19 já provocou mais de 578 mil mortos, incluindo 1.676 em Portugal.
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