“Condeno com a maior firmeza a divulgação inqualificável dos dados pirateados do centro hospitalar de Corbeil-Essonnes”, escreveu hoje o ministro da Saúde francês, François Braun.
“Não faremos cedências a esses criminosos. Todos os serviços do Estado estão mobilizados”, acrescentou, citado pela AFP.
O hospital garante cobertura sanitária a perto de 700.000 habitantes e a divulgação das informações de saúde representa um risco de chantagem ou de extorsão para as pessoas envolvidas.
Segundo o hospital, as informações divulgadas pelos piratas na “dark web” “parece dizer respeito a utentes, ao pessoal e aos nossos parceiros”.
Entre essas informações figuram “alguns dados administrativos”, incluindo números de segurança social e “alguns dados de saúde, como relatórios de exames”, afirmou o centro hospitalar.
Segundo Damien Bancal, autor de um blogue de cibersegurança, o Zataz.com, que consultou o ficheiro que divulga os dados, este contém documentos como exames médicos, recurso à cobertura médica universal (CMU) e uma autorização de internamento no serviço psiquiátrico.
De acordo com o Zataz, o ultimato dado pelos ‘hackers’ ao hospital expirou em 23 de setembro.
O resgate fixado durante o ciberataque, no dia 21 de agosto, foi de 10 milhões de dólares, mas depois baixou para um ou dois milhões, segundo fontes que não foram divulgadas.
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