Atualmente, grande parte da nossa informação pessoal e/ou das empresas está armazenada digitalmente. Sejam fotografias dos nossos filhos, informações importantes dos nossos clientes, listas de contactos ou até mesmo um esboço daquele livro com que sempre sonhámos escrever: se está guardado é porque, à partida, tem algum valor para nós. E perder esses ficheiros pode variar de inconveniente a trágico, sendo que, no caso das empresas, pode até ditar o seu encerramento.
A solução é óbvia: ter uma cópia de segurança desses dados, para que possam ser restaurados em caso de perda acidental ou por intervenção de terceiros (ciberataque). Na hora de guardar uma cópia dos dados há duas opções: backup local ou online, ambos com vantagens e desvantagens.
O backup local consiste em gravar uma cópia para um aparelho físico, como um disco externo, ficando a informação protegida num segundo equipamento e, por sua vez, de um eventual ciberataque. Desde que usado com segurança e desconectado de forma correta (muito importante), é uma opção muito segura, mas tem a desvantagem de só poder ser acedida se estiver fisicamente com o equipamento. Há também outras questões que deveremos ter em conta, nomeadamente caso exista um incêndio, o disco seja roubado, se o perdermos ou até mesmo se avariar, ficamos sem os dados nele guardados. Por isso, o backup físico é uma boa opção – não para empresas, mas para pessoas –, mas depende do valor e da sensibilidade dos dados.
Já o backup online, é feito através de uma cloud, permitindo o upload dos dados online, numa plataforma em que só quem quiser é que tem acesso. Tal possibilita o acesso aos dados em qualquer local com ligação à Internet, resolvendo assim os principais aspetos “negativos” dos backups físicos. Existe, contudo, a questão dos riscos de segurança, devendo, por isso, aceder aos dados num local com autenticações fortes e passwords robustas, sempre com dupla autenticação.
Nenhum dos dois sistemas é infalível, sendo o primeiro mais vulnerável a avarias de equipamento e o segundo a ciberataques. Mas, regra geral, se usados de forma responsável, são formas seguras de guardar uma cópia de segurança dos seus dados.
Em ambas as opções é absolutamente vital ter um software backups, que analise cada byte de forma a garantir que os backups não estarão infetados, isto porque, se fizermos backups infetados, no momento da perda nada nos valem.
Outro aspeto fundamental é testar regularmente se os backups estão a funcionar bem, quer em termos de fazer o backup, quer no restauro dos mesmos. Pois há que temer a velha “Lei de Murphy”.
Portanto, qual a melhor escolha para ter um backup?
A escolha do tipo de backup vai sempre depender da regularidade com que se acede aos dados. Se estes forem necessários regularmente, uma solução cloud será a melhor, pois permite o acesso de vários locais e por várias pessoas. Há várias opções gratuitas, apesar do espaço de armazenamento limitado.
Caso sejam ficheiros de que raramente precisamos, como fotografias antigas, por exemplo, um backup local é a solução perfeita, porque acrescenta essa dose de segurança de não ser acessível de nenhuma outra forma.
Seja qual for a escolha, o importante é ir fazendo backups regulares ou, no caso de uma cloud, trabalhar em rede para assegurar que os seus ficheiros não ficam em risco e para garantir também a segurança dos seus equipamentos, evitando comportamentos de risco, como frequentar sites pouco seguros, abrir links ou anexos de e-mails de remetentes desconhecidos ou dar acesso a terceiros, por exemplo.
Se a nossa vida “está toda dentro do computador”, o mínimo que podemos fazer é não arriscar.
Um artigo de opinião de Ricardo Teixeira, CEO CompuWorks.
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