Em média, um em cada três destes aparelhos é perigoso. A conclusão é da análise aos testes a termoventiladores que a Associação Defesa do Consumidor (DECO) tem vindo a fazer nos últimos anos. "Comunicámos as conclusões do nosso estudo à Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) e pedimos que confirmasse as nossas denúncias e que retirasse os aparelhos perigosos das prateleiras das lojas", adianta a organização em comunicado.
"Como esta é uma situação recorrente, defendemos que a ASAE deve dar maior visibilidade às suas intervenções. Acreditamos que, deste modo, os fabricantes irão perceber que o controlo se torna mais visível, o que os forçará a otimizar os seus procedimentos e a intensificar a frequência dos controlos de qualidade, para não denegrirem a marca. Por outro lado, os consumidores estarão mais atentos às marcas perigosas e farão escolhas mais informadas e seguras", acrescenta a organização.
Os aparelhos chumbados
Os testes laboratoriais da DECO a termoventiladores começam com as provas de segurança. Quando um modelo mostra fragilidades numa delas, testes são repetidos numa segunda amostra. "Se o comportamento se repetir, o aparelho não passa à fase seguinte, na qual avaliamos o desempenho. De nada adianta ter um equipamento que aquece com rapidez e eficiência, se não for seguro", adverte a DECO.
"Nos testes de segurança verificamos, por exemplo, se o aparelho aquece demasiado durante o funcionamento normal, se existem elementos com corrente elétrica acessíveis a uma criança ou adulto e se os plásticos são resistentes ao calor e ao fogo. Também analisamos como se comporta numa utilização anormal, como uma avaria no termóstato ou no ventilador ou se a saída de ar ficar obstruída", descreve a DECO.
"Se tem um dos modelos em casa e comprou-o há pouco tempo, contacte a loja ou o fabricante e tente trocá-lo por um aparelho seguro ou peça a devolução do dinheiro", aconselha a Associação Defesa do Consumidor.
Conselhos da DECO
Os termoventiladores são uma solução para quem tem necessidades reduzidas de aquecimento (casa bem isolada ou exposta ao sol no inverno), muda de habitação com frequência ou não quer gastar muito na compra de um aparelho para aquecer. Para evitar consumos muito elevados, ligue o aparelho quando entra na divisão e desligue-o antes de sair. Consegue, assim, manter o conforto sem que a fatura da eletricidade pese demasiado.
Mesmo optando por um aparelho que se revelou seguro nos testes da DECO, convém usá-lo com cuidado.
Assegure-se de que existe espaço à volta, para o ar circular, e não o ligue na casa de banho (exceto se incluir a marcação IP21, que indica que é adequado a esta divisão). Também não deve tapá-lo ou aproximá-lo de roupa ou mantas durante o seu funcionamento.
Comentários