“A DGAV continua a receber pacotes de sementes que nos são enviadas por cidadãos nacionais quer diretamente, quer através da PSP [Polícia de Segurança Pública] e da GNR [Guarda Nacional Republicana]”, revelou o ministério tutelado por Maria do Céu Antunes, em resposta à Lusa, precisando que, até ao momento, foram recebidos 82 pacotes.

De acordo com os dados avançados pelo executivo, já foram identificadas 29 espécies vegetais, incluindo exóticas, provenientes de países como a China, Vietname e Malásia.

Por outro lado, foram identificadas muitas embalagens com origem em Malta, “estando as autoridades portuguesas a colaborar com as autoridades maltesas para perceber a sua real origem”.

Em outubro, a DGAV revelou que as análises laboratoriais indicaram que a grande maioria das sementes apresenta um “poder germinativo” superior a 75%.

Neste sentido, a direção-geral de alimentação reforçou o apelo para que estas não sejam semeadas ou colocadas no lixo.

No início de setembro, o Ministério da Agricultura alertou para o envio postal de pacotes de sementes de países asiáticos, que não foram solicitados, pedindo que estas não sejam semeadas ou deitadas no lixo, mas reencaminhadas para as direções de agricultura.

Segundo o ministério, as embalagens, cujo conteúdo não aparece especificado, também não são acompanhadas por um certificado fitossanitário que ateste as exigências do país, acarretando assim “sérios riscos do ponto de vista da sanidade vegetal, pela possibilidade de veicularem pragas e doenças ou ainda pelo perigo de se tratarem de espécies nocivas ou invasoras”.

A DGAV é um serviço central da administração direta do Estado, com autonomia administrativa.