"Uma coisa que está muito clara (...) é a sua extraordinária capacidade de propagação", disse Fauci à NBC News. "Simplesmente (...) espalha-se causando estragos ao redor do mundo."
Desde a sua primeira aparição na África do Sul em novembro, a ómicron foi identificada em dezenas de países, forçando vários a retomar restrições de viagens e outras medidas.
Embora não pareça ser mais grave do que a variante delta - que ainda é a estirpe dominante - a ómicron, cheia de mutações, parece ter uma preocupante resistência às vacinas e uma maior transmissibilidade, de acordo com dados preliminares.
Fauci também alertou contra o excesso de otimismo sobre a gravidade de ómicron, observando que a situação na África do Sul, onde a taxa de hospitalizações parece ser menor do que a da delta, pode dever-se a imunidades subjacentes de infeções anteriores e generalizadas.
“Quando se tem tantas, tantas infeções, mesmo que pareça menos grave", isso pode fazer com que "nossos hospitais fiquem sob muita pressão nas próximas semanas”, particularmente em áreas do país com baixos níveis de infeção, acrescentou.
Fauci exortou os americanos que ainda não se vacinaram a fazê-lo e os vacinados a buscarem a dose de reforço. Cerca de 70% da população do país recebeu pelo menos uma dose, de acordo com os Centros para Controlo e Prevenção de Doenças (CDC), o que significa que 50 milhões de pessoas elegíveis permanecem sem imunização.
"Com a ómicron, (...) vamos viver algumas semanas ou meses difíceis, à medida que entramos no inverno", apontou Fauci.
Os Estados Unidos são o país mais afetado pela pandemia, com mais de 800 mil mortes por covid-19 identificadas até a última terça-feira, segundo a Universidade Johns Hopkins.
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