A causa da morte não foi divulgada, mas a jornalista foi diagnosticada com cancro de pulmão há quatro anos, o que pode ter agravado o estado de saúde da profissional nos últimos dias.
Segundo o neurocientista Fabiano de Abreu Agrela, as metástases, que são células cancerígenas de um tumor primário que se espalham por outros órgãos, deste tipo de cancro podem atingir o cérebro.
"O cancro do pulmão é um dos cancros com maior probabilidade de se espalhar para o cérebro. Aproximadamente 10% dos pacientes com cancro de pulmão de células não pequenas (NSCLC) têm metástases cerebrais no diagnóstico inicial e até 40% acabarão por desenvolver tumores cerebrais durante a doença", comentou.
"Diferente do cancro cerebral, que se origina no cérebro e consiste em células cancerígenas cerebrais, as metástases cerebrais do cancro de pulmão ocorrem quando as células cancerígenas se desprendem do tumor nos pulmões e entram na corrente sanguínea ou viajam pelo sistema linfático até o cérebro, onde se multiplicam", referiu.
Segundo o especialista, à medida que os tumores cerebrais metastáticos crescem, eles podem danificar diretamente as células ou afetar o cérebro indiretamente, comprimindo partes dele ou causando inchaço e aumento da pressão dentro do crânio. Os primeiros sinais de alerta podem ser subtis e facilmente atribuídos a outras causas, incluindo quimioterapia.
Glória Maria Matta da Silva nasceu no Rio de Janeiro. Filha do alfaiate Cosme Braga da Silva e da dona de casa Edna Alves Matta, estudou em colégios públicos e sempre se destacou. “Aprendi inglês, francês, latim e vencia todos os concursos de redação da escola”, lembrou a própria ao Memória Globo.
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