Questionado sobre a hipótese de um recolher obrigatório em Portugal, à semelhança do que já acontece noutros países da União Europeia (UE), o primeiro-ministro, António Costa, disse: "Não podemos excluir a necessidade de adotar qualquer tipo de medida"
"Devemos ir adotando as medidas na medida do estritamente necessário porque se há algo mais claro agora é que sendo isto uma maratona vamos ter de gerir o nosso esforço", afirmou António Costa aos jornalistas, à margem de um encontro da revista Visão, na Estufa Fria, em Lisboa.
"Temos todos consciência que uma das razões pelas quais esta segunda vaga tem existido é que há uma certa fadiga natural das pessoas relativamente ao tempo que isto está a demorar. Temos que ir distribuindo a guardando as medidas para a altura em que elas são necessárias para evitar também o excesso de cansaço", acrescentou o primeiro-ministro este sábado.
Como será no Natal?
Questionado sobre se as medidas em vigor durante o último fim-de-semana de outubro e primeiros dias de novembro podem ser um teste para a época do Natal, o primeiro-ministro defendeu que estas medidas se justificam e serão adoptadas sempre que existam alturas de "risco acrescido".
"Sabemos que a propósito do feriado do Dia dos Finados há grandes deslocações pelo país para prestar homenagem aos falecidos e este ano precisamos de evitar esses momentos de concentração", justificou.
O primeiro-ministro elogiou ainda a “decisão difícil” do parlamento de impor o uso de máscara na rua e avisou que não pode excluir medidas mais drásticas como o recolher obrigatório caso a situação de pandemia se agrave no país.
A pandemia de COVID-19 já provocou mais de 1,1 milhões de mortos e mais de 41,3 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência de notícias France-Presse (AFP).
Quase 2.300 mortes em Portugal
Portugal contabilizou hoje mais 21 mortos relacionados com a COVID-19 e 3.669 casos confirmados de infeção com o novo coronavírus, segundo o boletim epidemiológico da Direção-Geral da Saúde (DGS).
De acordo com o boletim, desde o início da pandemia de COVID-19 Portugal já contabilizou 116.109 casos confirmados e 2.297 óbitos.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
Depois de a Europa ter sucedido à China como centro da pandemia em fevereiro, o continente americano é agora o que tem mais casos confirmados e mais mortes.
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