O chefe do Governo de Hong Kong, John Lee Ka-chiu, anunciou as novas medidas antes do encontro semanal com o Conselho Executivo, de acordo com a publicação diária em língua inglesa.
Até agora, quem chegava à região administrativa chinesa, no sul do país e vizinha de Macau, tinha de cumprir o regime ‘0+3’, sem necessidade de cumprir quarentena em hotel, mas com três dias de autogestão médica domiciliária, mantendo-se durante esse período o código de saúde amarelo, que proibia, por exemplo, a entrada em restaurantes.
Com a nova medida, Hong Kong adota o regime ‘0+0’ e todas as chegadas ao território com teste negativo à covid terão código de saúde azul, o que significa que podem andar livremente pela cidade, destacou o SCMP.
De acordo com as novas regras, quem testar positivo, mantém o código de saúde vermelho e é obrigado a respeitar o atual protocolo de isolamento.
Lee disse ainda que, a partir de quarta-feira, os residentes já não terão de fazer a leitura do código QR para registar a entrada em locais da cidade, embora os clientes de restaurantes e pessoas que visitem determinadas instalações ainda precisem de mostrar o registo da vacinação.
“As decisões têm como base dados e riscos. O risco de infeção dos casos importados é menor que o risco de infeções locais. Acreditamos que o levantamento [das medidas] não vai aumentar o risco de surtos locais”, salientou Lee, citado pelo SCMP.
Sobre uma possível abertura da fronteira entre Hong Kong e o interior da China, Lee disse que o Governo tem estado a negociar ativamente com as autoridades centrais. “As autoridades do interior também dão muita importância a isto”, acrescentou.
Na semana passada, Hong Kong aliviou as medidas de quarentena e isolamento, depois de uma alteração à política ‘zero covid’ por parte de Pequim.
Um aumento de infeções diárias tinha impedido a cidade de levantar as regras de distanciamento social, lembrou o jornal.
As autoridades de saúde de Hong Kong registaram um total de 14.717 casos na segunda-feira, 5% dos quais importados.
De acordo com dados da Universidade Johns Hopkins dos Estados Unidos, Hong Kong ultrapassou as 2,2 milhões de infeções e registou 10,959 mortes desde o início da pandemia da covid-19.
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