As autoridades nacionais anunciaram a deteção de milhares de casos de mucormicose, chamada de "fungo negro", que os especialistas associam à diabetes e às deficiências do sistema imunitário das vítimas do coronavírus. No mês passado, a COVID-19 fez mais de 100.000 mortos no país.
O governo ainda não conseguiu determinar, porém, quantas mortes foram devido à mucormicose desde que a segunda onda de infeções por COVID-19 começou há seis semanas.
Especialistas médicos destacaram que encontraram um aumento nos casos na Índia nas últimas semanas, enquanto o Ministério da Saúde divulgou um relatório sobre como tratar essa infeção fúngica.
"Os casos de infeções por mucormicose em pacientes com a COVID-19 após recuperação são quase quatro ou cinco vezes mais numerosos do que aqueles detetados antes da pandemia", disse Atul Patel, especialista em doenças infecciosas de Ahmedabad e membro da equipa de enfrentamento da COVID-19 desse estado.
"A mucormicose, se não tratada, pode ser fatal", alertou o Conselho Indiano de Pesquisa Médica (ICMR), agência científica responsável por fornecer respostas ao governo.
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O chefe do governo da capital, Arvind Kejriwal, anunciou que centros especializados serão criados dentro de três hospitais em Nova Deli para prevenir a propagação do fungo.
De acordo com a imprensa, mais de 200 pacientes com mucormicose estão a ser tratados em clínicas em Nova Deli, e outras dezenas estão à espera de uma cama em hospitais.
Os estados de Rajasthan e Telangana também enfrentam uma epidemia de "fungo negro", com Maharashtra a detetar mais de 2.000 casos.
A infeção por este fungo mata mais de 50% das pessoas afetadas em apenas alguns dias.
Os pacientes com a COVID-19 mais suscetíveis a desenvolver essa infeção fúngica incluem aqueles com um quadro de diabetes não controlado, aqueles que usaram esteroides durante o tratamento do coronavírus, assim como aqueles que ficaram muito tempo em unidades de terapia intensiva, acrescentou.
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