"Não sei de onde vem, não sei se vem de França ou do estrangeiro", disse Véran à rede de televisão BFMTV. "É miserável, perigoso, irresponsável e não funciona", disse antes de acrescentar que esta ação não fará os "franceses virarem as costas à vacinação".
Vários influenciadores, que têm mais de um milhão e meio de assinantes no YouTube, garantiram na segunda-feira que foram contactados para criticar a vacina da Pfizer nas redes sociais e serem pagos para isso.
Atuantes na área de saúde e ciência, esses influenciadores explicaram que receberam um e-mail de uma agência de comunicação supostamente sediada no Reino Unido, oferecendo-lhes uma "parceria", e que atuava em nome de um cliente com um "colossal orçamento", mas que desejava manter o anonimato.
"É estranho. Recebi uma proposta que parecia consistir em destruir em vídeo a vacina da Pfizer", escreveu no Twitter Leo Grasset, um entusiasta da ciência que tem 1,17 milhões de assinantes no seu canal no YouTube.
"Incrível. O endereço da agência de Londres que me contactou é falso. Nunca existiram instalações lá, é um centro de laser estético! Todos os funcionários têm perfis suspeitos no LinkedIn... Que desapareceram desde esta manhã. Toda a gente já tinha trabalhado antes na Rússia", disse.
Outros descreveram a mesma situação.
O ministro, quando questionado sobre a possibilidade de essa proposta vir da Rússia, não quis comentar. "Não sei, não me permitiria misturar hipóteses", respondeu.
A vacina Pfizer ganhou notoriedade após os problemas da sua concorrente sueco-britânica AstraZeneca, cuja reputação foi manchada por alguns casos raros de coágulos sanguíneos e atrasos persistentes nas entregas.
Nesta terça-feira, um youtuber alemão ativo no mesmo setor, Mirko Drotschmann, com cerca de 1,5 milhões de assinantes, explicou que também tinha recebido uma proposta semelhante. "Posso confirmar que é da mesma agência. Fiquei surpreendido com o pedido", disse.
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